São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

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VINHO

Argentino erra com malbec, mas acerta com bonarda

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Mesmo em meio à atual crise econômica mundial -ou, talvez, por causa dela, que tem provocado maior retração em outros mercados-, o Brasil continua a caminho de tornar-se um dos principais destinos para os vinhos dos vizinhos sul-americanos.
A perspectiva tem trazido ao país um grande número de produtores. Um dos últimos a desembarcar foi Hernán Cortegoso, proprietário da Marton Andina, uma jovem vinícola argentina.
Engenheiro agrônomo e enólogo, Cortegoso trabalhou em várias adegas de lá, como a Etchart, até decidir lançar os seus próprios vinhos, que estrearam com a safra 2001.
Sua empresa tem hoje 130 hectares de vinhas e produz cerca de 200 mil garrafas de vinho por ano. Entre os exemplares apresentados por ele, houve três rubros 2007 com o rótulo Serrera: um malbec, um syrah e um bonarda.
Cortegoso derrapa, surpreendentemente, com o malbec, equilibrado e macio, mas austero, sem a fruta intensa e sedutora esperada num vinho da uva emblemática do país (85/100).
Acerta, porém, com o syrah (encorpado, frutado, com toques de chocolate e especiaria, 87/100) e, sobretudo, com o bonarda. Ele é um tinto sedoso, longo e complexo, dominado por frutas vermelhas unidas a pinceladas firmes de couro e caramelo (89/100, todos a R$ 52,92, na Hannover, tel. 0/xx/ 51/3337-3890).

SUGESTÃO ATÉ R$ 40
SELEZIONE DANTI SANGIOVESE 2007
Avaliação:
83/100
Bom para: massas, pizzas
Preço: R$ 23,80
Onde: na Winery Distribuidora, tel. 0/xx/11/3345-1950

TINTO DA BOTA
Corpo médio, boa acidez e sabor com toques balsâmicos e de compotas marcam este vinho da Emilia Romagna, região do centro da Itália.


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