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VINHO
Argentino erra com malbec, mas acerta com bonarda
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Mesmo em meio à atual crise
econômica mundial -ou, talvez, por causa dela, que tem
provocado maior retração em
outros mercados-, o Brasil
continua a caminho de tornar-se um dos principais destinos
para os vinhos dos vizinhos sul-americanos.
A perspectiva tem trazido ao
país um grande número de produtores. Um dos últimos a desembarcar foi Hernán Cortegoso, proprietário da Marton Andina, uma jovem vinícola argentina.
Engenheiro agrônomo e enólogo, Cortegoso trabalhou em
várias adegas de lá, como a Etchart, até decidir lançar os seus
próprios vinhos, que estrearam
com a safra 2001.
Sua empresa tem hoje 130
hectares de vinhas e produz
cerca de 200 mil garrafas de vinho por ano. Entre os exemplares apresentados por ele, houve
três rubros 2007 com o rótulo
Serrera: um malbec, um syrah e
um bonarda.
Cortegoso derrapa, surpreendentemente, com o malbec, equilibrado e macio, mas
austero, sem a fruta intensa e
sedutora esperada num vinho
da uva emblemática do país
(85/100).
Acerta, porém, com o syrah
(encorpado, frutado, com toques de chocolate e especiaria,
87/100) e, sobretudo, com o bonarda. Ele é um tinto sedoso,
longo e complexo, dominado
por frutas vermelhas unidas a
pinceladas firmes de couro e
caramelo (89/100, todos a R$
52,92, na Hannover, tel. 0/xx/
51/3337-3890).
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
SELEZIONE DANTI
SANGIOVESE 2007
Avaliação: 83/100
Bom para: massas,
pizzas
Preço: R$ 23,80
Onde: na Winery
Distribuidora, tel.
0/xx/11/3345-1950
TINTO DA BOTA
Corpo médio, boa acidez e
sabor com toques balsâmicos e de compotas marcam
este vinho da Emilia Romagna, região do centro da Itália.
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