|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Romance casou autor com Zelda e com o sucesso
DA REPORTAGEM LOCAL
O lançamento de uma edição bem-cuidada de "Este
Lado do Paraíso" é uma espécie de tributo secreto a um
dos maiores nomes da história do livro nos Estados Unidos. Publicada em 1920, a estréia do anônimo Scott Fitzgerald foi o primeiro de muitos grandes achados de Maxwell Perkins (1884-1947).
Editor do prestigiado selo
Scribners, ele recebeu de um
ex-aluno de Princeton, em
1918, o manuscrito "O Egocêntrico Romântico".
Perkins disse ao jovem
Fitzgerald que não desistisse, mas que reescrevesse. Em
julho de 1919, veio outro pacote de páginas, "A Educação de um Personagem".
Perkins usou novamente
sua faca, para o desespero de
Fitzgerald. Em setembro, o
rapaz manda uma carta de
Minnesota informando da
urgência de ser publicado.
"Tenho tantas coisas dependendo do sucesso deste romance, incluindo, é claro,
uma garota", escreveu.
A garota era Zelda, que
após a publicação bem-sucedida em 1920 de "Este Lado
do Paraíso", título escolhido
por Perkins, daria o "sim" a
Fitzgerald, com quem formaria um dos casais mais famosos da intelligentsia americana dos anos 20 e 30.
Não foi o único "casamento" do qual o editor foi "cupido". Para resumir a história, basta dizer que foi Perkins quem casou as letras
dos EUA com um rapaz chamado Ernest Hemingway.
(CASSIANO ELEK MACHADO)
Texto Anterior: "Este Lado do Paraíso": Scott Fitzgerald narra a tragédia americana Próximo Texto: "Vida e Época de Michael K": Coetzee explora amplitude de temas históricos e existenciais Índice
|