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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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Romance casou autor com Zelda e com o sucesso

DA REPORTAGEM LOCAL

O lançamento de uma edição bem-cuidada de "Este Lado do Paraíso" é uma espécie de tributo secreto a um dos maiores nomes da história do livro nos Estados Unidos. Publicada em 1920, a estréia do anônimo Scott Fitzgerald foi o primeiro de muitos grandes achados de Maxwell Perkins (1884-1947).
Editor do prestigiado selo Scribners, ele recebeu de um ex-aluno de Princeton, em 1918, o manuscrito "O Egocêntrico Romântico".
Perkins disse ao jovem Fitzgerald que não desistisse, mas que reescrevesse. Em julho de 1919, veio outro pacote de páginas, "A Educação de um Personagem".
Perkins usou novamente sua faca, para o desespero de Fitzgerald. Em setembro, o rapaz manda uma carta de Minnesota informando da urgência de ser publicado. "Tenho tantas coisas dependendo do sucesso deste romance, incluindo, é claro, uma garota", escreveu.
A garota era Zelda, que após a publicação bem-sucedida em 1920 de "Este Lado do Paraíso", título escolhido por Perkins, daria o "sim" a Fitzgerald, com quem formaria um dos casais mais famosos da intelligentsia americana dos anos 20 e 30.
Não foi o único "casamento" do qual o editor foi "cupido". Para resumir a história, basta dizer que foi Perkins quem casou as letras dos EUA com um rapaz chamado Ernest Hemingway.
(CASSIANO ELEK MACHADO)


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