PEDRO DIAS LEITE
DE NOVA YORK

Luiz Inácio Lula da Silva, Pelé e Carmen Miranda têm um encontro marcado em Nova York na semana que vem. É que as telas do MoMA exibem a terceira edição do festival anual de cinema brasileiro a partir do dia 1º de julho.
Serão mostrados nove filmes ao todo: "É uma oportunidade para disseminar a cultura brasileira. Em 98 fui curadora de uma grande exposição sobre o cinema do país, então achei que seria um desperdício dar todo esse "background" e não dar a oportunidade de um acompanhamento", explica a curadora Jytte Jensen. Além do Brasil, só a Alemanha é alvo anual de um festival de cinema lá.
Dinamarquesa que mora há 25 anos em Nova York, Jensen afirma que admira a nova geração de cineastas brasileiros, porque, ao mesmo tempo que tem o conhecimento da história do cinema de seu país, não tem medo de ficarem presos a essa tradição.
Ela elogia também os filmes de enfoque político, como "Cabra-Cega", de Toni Venturi, traduzido para "Playing in the Dark". "É como se os cineastas se arriscassem, com coragem de tomar partido."
Alguns diretores devem participar de conversas, como Helena Solberg ("Vida de Menina") e Lúcia Murat ("Quase Dois Irmãos").
Mas quem mais deve chamar a atenção é Edson Arantes do Nascimento, que confirmou a presença para a exibição de "Pelé Eterno", de Aníbal Massaini Neto.
O programa terá também a dobradinha sobre Lula "Entreatos", de João Moreira Salles, e "Peões", de Eduardo Coutinho. Completam o evento "Cinema, Aspirinas e Urubus", de Marcelo Gomes, "Estamira", de Marcos Prado, e "Alô Alô Carnaval", de Adhemar Gonzaga, que será exibido em homenagem aos cem anos do nascimento de Carmen Miranda.


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