São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2007

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Crítica

Tiger serve cozinha pan-asiática e bane vinhos e cervejas com álcool do cardápio

JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA

O mais novo restaurante da Vila Nova Conceição investe na fórmula, existente em poucas casas da cidade, de servir uma cozinha pan-asiática. Claro, o balcão de sushi impera até mesmo na arquitetura do lugar, mas há outras vertentes, especialmente a tailandesa.
Um dos dois proprietários é o sushiman Edvan Moraes, 30, paranaense que desde os 16 anos, quando chegou a São Paulo, trabalha em restaurantes japoneses. O local escolhido para o Tiger é o térreo de um edifício de flats que já sediou outros restaurantes no passado -e desta vez está agradavelmente arejado, com vistas para a rua e dois bons terraços a céu aberto.
Os pratos podem ser pedidos à la carte ou então na forma de um menu-degustação no qual, por um preço fixo, são oferecidos vários itens. Desde os sushis e sashimis (que são trazidos no final, depois dos quentes -mas creio que pode-se pedir o contrário) e pratos da cozinha japonesa até itens tailandeses ou chineses como ebi shin (trouxinha frita de camarão com cenoura temperada); kra tun ton (minicestas com frango e legumes); kum hom pa (rolinho de camarão com molho picante de mel); ken kyou wan kum (camarão com curry verde, brotos de bambu, folhas de limão, manjericão, malagueta e leite de coco); pad thai (camarão frito com talharim de arroz, tofu, amendoim, ovos e molho de tamarindo); frango-xadrez, yakisoba...
É interessante poder pedir o menu-degustação e experimentar vários pratos. Assim se constata que nem tudo que é anunciado como crocante realmente o é (chega a haver massas francamente indigestas, como a do guioza); e entre os pratos tailandeses, há os que trazem molhos espessos, bem mais grossos do que o habitual -nada dramático, porém.
O cardápio de bebidas do restaurante oferece duas dúzias de coquetéis feitos com frutas e xaropes. Uma intenção de servir coisas saudáveis levou a casa a banir vinhos e cervejas de verdade (só sem álcool), ou mesmo saquê.
Mas se vinho não é saudável (coisa que a medicina desmente), serão saudáveis as latas de refrigerante que povoam as mesas? Ou as tantas frituras servidas?

josimar@basilico.com.br


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