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Curador Ivo Mesquita pede demissão
DA REPORTAGEM LOCAL
O pedido de afastamento
de um grupo de conselheiros
não é a única crise que a
Fundação Bienal deverá gerir. Ivo Mesquita, curador da
25ª edição da Bienal, anunciou ontem que encaminhou seu pedido de demissão do cargo.
"Minha demissão não tem
relação com o afastamento
dos conselheiros, mas o estresse por que a instituição
está passando influenciou
minha decisão. A Bienal está
desgovernada, sem controle", disse Mesquita.
O curador justificou sua
saída pela falta de comunicação com o presidente Carlos
Bratke. "Não falo com Bratke desde 24 de maio. Já solicitei audiências várias vezes,
mas nunca recebi nenhuma
explicação. Já se passaram
meses e não aconteceu nada.
Não houve nenhum movimento por parte da Fundação Bienal que indicasse engajamento ou interesse na
realização da 25ª Bienal",
disse Mesquita.
O curador questionou ainda o cancelamento de viagens a trabalho que deveriam ser feitas para contatar
artistas para o evento de São
Paulo, como a Liubliana, na
Eslovênia, que está abrigando a mostra Manifesta, e a
Lyon, na França, que faz
agora sua bienal.
Até as 18h de ontem, o presidente Carlos Bratke não foi
localizado em seu escritório
de arquitetura ou na Fundação Bienal. Mesquita também não havia falado com
Bratke, mas encaminhou
seu pedido de demissão à
Fundação Bienal.
(CF e FCY)
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