CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Ainda restam três dias para assistir aos espetáculos do FIT-BH (Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte), que termina no próximo domingo na capital mineira.
Segundo a organização do evento, os ingressos para alguns espetáculos de palco já estavam esgotados desde ontem.
Grupos como o francês Que-Cir-Que encerram sua participação hoje. Os três atores do grupo fazem um gênero de circo que não se baseia apenas em malabarismos, embora todos sejam especialistas no assunto. A novidade é o humor no melhor estilo "nonsense" dos desenhos animados atuais, beirando o sadismo.
Até anteontem, a organização do festival já tinha computado a presença de 90 mil pessoas nos espetáculos, exposições e espaços do evento, com uma previsão de superar até domingo a expectativa de 150 mil espectadores em 11 dias.
Na noite de quarta passada, aconteceu a última apresentação do grupo francês de teatro de rua Plasticiens Volants, recordista de público até agora, reunindo 20 mil pessoas na noite de abertura.
A diretora de produção Sandra Moura explica que a realização do FIT-BH deste ano enfrentou muitas dificuldades, embora uma pesquisa de opinião tenha demonstrado que o festival é o evento cultural de maior aceitação popular em Belo Horizonte.
Faltando dois meses para o início do evento, os organizadores receberam a notícia de que um dos patrocinadores desistira de investir R$ 350 mil no evento.
Moura ressalta ainda que, com a proximidade das eleições, a organização do FIT-BH teve de "concorrer" com políticos na busca de ajuda institucional. O custo final está estimado em R$ 1,3 milhão.
Na entrevistas coletivas, ficou claro que o teatro de rua é um fenômeno que cresce também no exterior. Segundo a alemã Annette Meisl, da produtora La Gala, especializada na realização de espetáculos de rua, há grupos que não têm tempo de renovar seu repertório por excesso de convites.
Ainda restam 28 apresentações diferentes, incluindo dez sessões que serão realizadas em bairros para o público da periferia de Belo Horizonte.
O destaque é a parada de rua do grupo africano Aguto. Há também apresentações de grupos de países como a China (Yang Feng Puppet Theatre), Argentina (El Periférico de Objetos), Chile (La Troppa) e Cuba (Teatro Buendía).



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