São Paulo, sexta, 28 de agosto de 1998

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CLOSE-UP PLANET
Para o DJ Liam Howlett, cancelamento do festival foi uma vergonha
Líder do Prodigy diz que banda fará shows em São Paulo em 99

Leonardo Aversa/Agência O Globo
O guitarrista Gizz Butt e o vocalista Keith Flint, durante show do Prodigy no Rio, semana passada


LÚCIO RIBEIRO
Editor-adjunto da Ilustrada

Se isso serve de consolo para os fãs paulistanos da banda inglesa Prodigy, aí vai: o grupo vem a São Paulo para dois shows em 1999, ainda no primeiro semestre.
Liam Howlett, o líder da banda eletrônica mais famosa do mundo, disse anteontem, em entrevista exclusiva à Folha, que vai compensar o cancelamento da apresentação do último sábado no Anhembi com dois shows a serem agendados no ano que vem, antes de a banda entrar em estúdio para fazer o sucessor do milionário álbum "The Fat of the Land".
"Queríamos ter tocado em SP. Mas o teto do palco caiu e nos disseram que levariam três dias para montá-lo novamente. Aí os promotores acharam melhor cancelar tudo", explicou.
"Foi uma vergonha, enfim", disparou Howlett por telefone, de Buenos Aires, onde a banda realizaria seu último show antes de embarcar para a Inglaterra, tocar amanhã no Reading Festival e voltar ao estúdio para gravar o single que será lançado até dezembro.
"Ficamos bem desapontados com a história toda. Nosso show em São Paulo ia ter mais de 20 mil pessoas, não é? Vamos decididamente fazer dois ou três shows no Brasil no ano que vem. Pelo menos dois em SP", afirmou o faz-tudo do Prodigy.
Liam Howlett contou ainda que gostou muito da resposta dada pelo público brasileiro no show que o Prodigy realizou na sexta passada no Metropolitan, no Rio, na etapa carioca do Close-Up Planet.
"Foi selvagem. Antes de tocarmos, não sabíamos o que iríamos encontrar. Mas o público correspondeu ao que o Prodigy fez no palco. Foi um grande show."
Howlett garantiu ainda que a tal versão cover que virará o próximo single do Prodigy não será "Ghost Town", da banda inglesa e de ska Specials, que a banda tocou no bis do show do Rio de Janeiro.
"Não devemos lançá-la, a não ser em lado B de single. Gravamos a canção do Specials simplesmente para tocar para o público inglês no Reading Festival, no sábado que vem. No Brasil foi um teste. Ficou muito boa", falou Howlett.
Segundo o companheiro de banda do bizarro Keith Flint, os próximos passos do Prodigy, depois do show de amanhã na Inglaterra, serão: entrar no estúdio, gravar o próximo single inédito do grupo, fazer "algumas experimentações" para adiantar a linha do próximo CD e tirar uns meses de férias.
O Brasil, se a promessa dos shows do ano que vem for cumprida, pode presenciar as canções que estarão no novo álbum do Prodigy. Mas, enquanto isso, voltamos para a fila de espera.



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