|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ENTRELINHAS
Dólar leva editoras a "manifesto" internacional
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de 13 diretores e
presidentes de algumas
das maiores editoras brasileiras
enviou no início do mês para os
principais agentes literários e
editores do mundo uma carta
pedindo "compreensão para lidar com as novas circunstâncias
e as mudanças que elas podem
temporariamente trazer".
Por "novas circunstâncias",
entenda-se o que o próprio documento, assinado por casas como Record, Rocco, Companhia
das Letras e Objetiva, crava: "A
moeda brasileira sofreu uma
desvalorização de cerca de 40%
desde o início de 2002".
Por "mudanças que podem
trazer", leia-se que "uma desvalorização dessa magnitude gera
uma considerável redução no
valor em dólar dos direitos que
remetemos a agentes e editores
internacionais".
Um dos signatários da carta
disse à Folha, sem citar nomes,
que a carta deixa implícito algo
que já vem acontecendo: tem
editora grande renegociando
contratos que assinou antes da
disparada do dólar. Outro diz
que a carta foi feita para economizar explicações na Feira de
Frankfurt, que começa no dia 9.
Texto Anterior: "Falando com o Anjo": Organizada por Hornby, coletânea é irregular Próximo Texto: Fora da estante Índice
|