São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002

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ENTRELINHAS

Dólar leva editoras a "manifesto" internacional

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de 13 diretores e presidentes de algumas das maiores editoras brasileiras enviou no início do mês para os principais agentes literários e editores do mundo uma carta pedindo "compreensão para lidar com as novas circunstâncias e as mudanças que elas podem temporariamente trazer".
Por "novas circunstâncias", entenda-se o que o próprio documento, assinado por casas como Record, Rocco, Companhia das Letras e Objetiva, crava: "A moeda brasileira sofreu uma desvalorização de cerca de 40% desde o início de 2002".
Por "mudanças que podem trazer", leia-se que "uma desvalorização dessa magnitude gera uma considerável redução no valor em dólar dos direitos que remetemos a agentes e editores internacionais".
Um dos signatários da carta disse à Folha, sem citar nomes, que a carta deixa implícito algo que já vem acontecendo: tem editora grande renegociando contratos que assinou antes da disparada do dólar. Outro diz que a carta foi feita para economizar explicações na Feira de Frankfurt, que começa no dia 9.


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