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Líder judeu foi dublado por Val Kilmer
da Sucursal do Rio
Os atores não estão em cena, mas
quem presta atenção nos diálogos
de "O Príncipe do Egito" tem logo
a sensação de conhecer aquelas vozes de algum lugar.
Como toda superprodução que
se preza, o novo filme da Dream
Works é uma verdadeira constelação de estrelas hollywoodianas,
devidamente apagadas pelos traços da equipe de desenhistas.
Val Kilmer, ator principal de
"Batman Eternamente", fez sua estréia em filmes de animação ao
emprestar sua voz para o protagonista, Moisés. Seu par romântico,
Zípora, é dublado por Michelle
Pfeiffer. O filme conta ainda com a
participação de Sandra Bullock
(Miriam) e Jeff Goldblum (Aarão).
Goldblum, astro de "A Mosca",
contou que a gravação dos desenhos animados exige atenção redobrada. "Dispomos somente da
voz para transmitir toda a carga
dramática. Não é possível um trabalho corporal pelo fato de não estarmos em cena", explica o ator.
Além disso, são poucas as vezes
em que os atores contracenam.
Goldblum, por exemplo, gravou a
maioria de suas participações sozinho. "Só uma vez gravei com a
Sandra (Bullock), o que facilitou o
processo", afirma.
Quem deu forma ao personagem
interpretado por Goldblum na trama foi um brasileiro, Fábio Lenigne. O trabalho do desenhista começou apenas quando as gravações estavam concluídas, segundo
o ator.
O ator ficou fascinado pelo seu
personagem. "Aarão é quase um líder político dos hebreus. Ele tinha
opiniões fortes e um ideal filosófico", explica.
No fim das contas, Goldblum
adorou a experiência. "É como
gravar uma mensagem na secretária eletrônica. Ninguém o vê, mas
você está lá", compara.
Não é a primeira vez que o ator
visita o Rio. No ano passado, ele
incluiu a cidade no seu circuito para divulgar "O Parque dos Dinossauros 2". Na oportunidade, Goldblum cumpriu o roteiro obrigatório dos turistas: foi ao Corcovado e
passou pela praia de Copacabana.
Mas é com a música brasileira
que o ator mais se identifica.
"Meus prediletos são Tom Jobim e
Gilberto Gil. Toco muitas músicas
deles ao piano", afirma o ator, depois de assoviar clássicos da bossa
nova, como "Chega de Saudade".
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