São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2007 |
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Mônica Bergamo @ - bergamo@folhasp.com.br
"Não é rock, é um casamento"
"Wanessa! Wanessa!" Cinqüenta fãs da cantora passaram
a noite de sábado em frente à
Sala São Paulo, no centro, esperando pela passagem da noiva
rumo ao altar. Uma assessora
diz aos jornalistas que pedem
credenciais para "cobrir o
evento": "Gente, isso não é um
show de rock. É um casamento". Não faltou, porém, o tapete
vermelho na entrada, com direito a pit stop das estrelas para
as fotos. "Qual o nome do senhor mesmo?", pergunta a fotógrafa. "Aécio, Aécio Neves",
diz o governador de MG. A prefeitura até multou a produção
do event..., quer dizer, do casamento, em R$ 1.600,00, por
causa do toldo colocado na porta sem autorização. Os convidados circulam entre copos de Johnnie Walker Green Label e flûtes de Veuve Clicquot. Os pais da noiva, Zilú e Zezé, cruzam o salão ao lado do futuro genro, Marcus Buaiz. Zilú está coberta por um manto preto. Zezé veste calça jeans. Buaiz usa moletom. Calma, gente. É que eles deixaram para se arrumar no local da festa. As portas do salão onde acontece a cerimônia são abertas. Centenas de velas estão penduradas no teto. A temperatura aumenta. Duas mulheres sentem tontura e saem carregadas. O coral Raiz toca "Everybody's Free". Enfim, a noiva! Wanessa entra de braços dados com Zezé. Emocionada, ela chora. Depois da cerimônia, os convidados são conduzidos ao salão de jantar. Geyze, mulher de Abílio Diniz, de brilhantes e mais brilhantes no pulso (relógio e pulseiras), e Regininha de Moraes Waib, caçula de Antônio Ermírio de Moraes, não resistem ao axé de Margareth Menezes, que cantou na festa. Adriane Galisteu tenta animar o namorado, o deputado Fábio Faria (PMN-RN). Sem jeito, ele balança um pouco os braços. Zezé, Tom Cavalcante e Aécio puxam Fagner para o palco. "Zezé, eu te amo!", diz o cantor. E começa: "Aaaaaaah, coração alado". De repente, emenda: "Quem dera ser um peixe, para em teu límpido aquário mergulhar...". Longa pausa. Zezé ajuda. "Fazer borbulhas de amor..." E Fagner, de novo: "Quem dera ser um peixe...". Aécio desce do palco. "Bem na hora", suspira, aliviada, Andréa Falcão, mulher do governador. Chega a hora do buquê. O arranjo quica três vezes até ser agarrado pela atriz Ildi Silva - que já foi flagrada em bares cariocas com Caetano Veloso. "Eu tinha dito para a Cléo (Pires) que ia pegar o buquê. Eu sentia!" Casamento à vista? "É um bom presságio." (No dia seguinte, Caetano, que não assume o namoro com Ildi, embarcou sozinho para Nova York.) O modelo Renato Pereira, namorado de Sabrina Sato, do "Pânico na TV", passa mal e vai para a enfermaria. Ela dorme no sofá. Uma médica examina a apresentadora. "Pode deixá-la descansar aí mesmo", diz a doutora. São cinco da manhã. Zezé e Aécio conversam numa mesa. Os noivos partem. "Embarcamos 11h35 para Paris; depois, Grécia. Foi tudo maravilhoso, maravilhoso", diz Buaiz. "Foi lindo", diz Wanessa. PERDAS E DANOS Está longe do fim a disputa entre Renan Calheiros (PMDB-AL) e a jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado teve uma filha, já reconhecida oficialmente. Pedro Calmon, advogado de Mônica, anuncia que ela vai mover ação contra Calheiros por "perdas e danos morais e materiais". Um dos argumentos é que o relacionamento com o parlamentar teria atrapalhado a vida profissional da jornalista. Os advogados de Renan não se manifestam. AS PROVAS Ele afirma que Mônica não colecionou documentos contra o senador, como cartões magnéticos de hotéis e contas de restaurantes. Mas tem como "provar" que a relação deles "não foi algo apenas fortuito, eventual". FINAL FELIZ Chegou ao fim, com "festa e bolinho", de acordo com Johnny Saad, a disputa entre ele e os irmãos em torno da herança do pai, João Saad, o fundador do grupo Bandeirantes, de rádio e TV. As empresas serão tocadas por um conselho, do qual os cinco irmãos fazem parte. Johnny, o primogênito, será o presidente. EXÍLIO A Geração firmou acordo com a Nova Fronteira, recém-comprada pela Ediouro, em torno de lançamentos editoriais. O primeiro lançamento da parceria será o do livro "A Travessia do Albatroz", romance biográfico de um exilado iraniano que, sob o pseudônimo de "Kurosh Magidi", conta como ajudou a derrubar o Xá Reza Pahlevi em 1979 e nos anos 80 foi preso e torturado pelos xiitas do aiatolá Khomeini. O livro sairá com tiragem inicial de 30 mil exemplares. Texto Anterior: Troca-troca na TV Próximo Texto: Cecilia Giannetti: Na pracinha Índice |
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