São Paulo, sexta-feira, 29 de maio de 2009

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Gucci planeja fazer vendas online no Brasil no próximo ano

As vendas da Gucci pela internet têm tido um crescimento "fenomenal", segundo a presidente da grife para as Américas, Daniella Vitale, que esteve no Brasil neste mês. "E as projeções só crescem", afirma. "Hoje, nos Estados Unidos, elas já representam entre 7% e 10% de nossas vendas totais no país. Para nós, isso indica que a experiência dos consumidores com a marca é igual seja nas lojas, seja no site."
Muitos especialistas do mercado veem com ceticismo o futuro dos negócios de luxo na internet. Os fatos, parece, estão contrariando as previsões pessimistas. A Gucci é uma das raras grifes de prestígio mundial que vende diretamente em seu site, desde acessórios até peças da coleção prêt-à-porter, com preços iguais aos das lojas.
Na opinião de Daniella, que trabalha na Gucci há 13 anos, o crescimento se deve a mudanças nos hábitos cotidianos. "As pessoas estão passando mais tempo em casa", diz. A marca planeja lançar nos próximos meses seu site de vendas no Canadá e prevê fazer o mesmo no Brasil no ano que vem.
Daniella esteve em São Paulo para conhecer a primeira loja da Gucci no país operada diretamente pela marca. Ela foi inaugurada no final de 2008, no shopping Iguatemi. Nos últimos dez anos, as roupas da grife eram vendidas só na Daslu. O escândalo que envolveu a loja de luxo -com seus donos condenados por crimes financeiros- fez a empresa italiana decidir que deveria ela mesma assumir seus negócios no Brasil.
"Eliana Tranchesi é uma ótima parceira, que eu respeito. Não sei dos problemas financeiros dela. Mas, quando esse problema com a Daslu estourou, decidimos pegar o negócio de volta e cuidarmos dele diretamente", explica Daniela.
A loja na Daslu permanece, mas será administrada pela própria Gucci, assim como a loja do Iguatemi. A executiva desmente que a família Jereissati, dona do shopping, seja sócia da grife no seu novo empreendimento em São Paulo.
Daniela não revela números, mas diz que as vendas da Gucci no Brasil "superaram as expectativas". "Mas não estamos pensando no curto prazo. O Brasil é um negócio para o longo prazo. Para nós, ele já deixou de ser um país emergente e deve ser tratado como qualquer outro mercado no mundo."


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