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Gucci planeja fazer vendas online no Brasil no próximo ano
As vendas da Gucci pela internet têm tido um crescimento "fenomenal", segundo a presidente da grife para as Américas, Daniella Vitale, que esteve
no Brasil neste mês. "E as projeções só crescem", afirma.
"Hoje, nos Estados Unidos, elas
já representam entre 7% e 10%
de nossas vendas totais no país.
Para nós, isso indica que a experiência dos consumidores
com a marca é igual seja nas lojas, seja no site."
Muitos especialistas do mercado veem com ceticismo o futuro dos negócios de luxo na internet. Os fatos, parece, estão
contrariando as previsões pessimistas. A Gucci é uma das raras grifes de prestígio mundial
que vende diretamente em seu
site, desde acessórios até peças
da coleção prêt-à-porter, com
preços iguais aos das lojas.
Na opinião de Daniella, que
trabalha na Gucci há 13 anos, o
crescimento se deve a mudanças nos hábitos cotidianos. "As
pessoas estão passando mais
tempo em casa", diz. A marca
planeja lançar nos próximos
meses seu site de vendas no Canadá e prevê fazer o mesmo no
Brasil no ano que vem.
Daniella esteve em São Paulo
para conhecer a primeira loja
da Gucci no país operada diretamente pela marca. Ela foi
inaugurada no final de 2008, no
shopping Iguatemi. Nos últimos dez anos, as roupas da grife
eram vendidas só na Daslu. O
escândalo que envolveu a loja
de luxo -com seus donos condenados por crimes financeiros- fez a empresa italiana decidir que deveria ela mesma assumir seus negócios no Brasil.
"Eliana Tranchesi é uma ótima parceira, que eu respeito.
Não sei dos problemas financeiros dela. Mas, quando esse
problema com a Daslu estourou, decidimos pegar o negócio
de volta e cuidarmos dele diretamente", explica Daniela.
A loja na Daslu permanece,
mas será administrada pela
própria Gucci, assim como a loja do Iguatemi. A executiva desmente que a família Jereissati,
dona do shopping, seja sócia da
grife no seu novo empreendimento em São Paulo.
Daniela não revela números,
mas diz que as vendas da Gucci
no Brasil "superaram as expectativas". "Mas não estamos
pensando no curto prazo. O
Brasil é um negócio para o longo prazo. Para nós, ele já deixou
de ser um país emergente e deve ser tratado como qualquer
outro mercado no mundo."
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