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Maestro indiano mescla música e ação política
DA REPORTAGEM LOCAL
Zubin Mehta é um dos regentes mais experientes e cultuados de sua geração. Tem um
estilo inconfundível ao interpretar Mahler, Bruckner ou
Strauss e conseguiu transformar a música sinfônica em
eventos político-musicais.
Em 1994, foi ele quem regeu a
Sinfônica de Sarajevo, nas ruínas da biblioteca nacional destruída pela guerra. Ou então,
em 1999, ao reger, em Weimar,
concerto em homenagem às vítimas do campo de concentração de Buchenwald, com os
músicos da Filarmônica de Israel e da Orquestra da Bavária
-judeus e alemães, uma associação simbolicamente forte.
Sua biografia está repleta de
primeiras vezes. Regeu os primeiros shows de "Os Três Tenores" -um tópico não muito
dignificante para o currículo.
Mas foi também o mais jovem
regente das filarmônicas de
Viena e Berlim. Como indiano,
foi o primeiro cidadão de ex-colônia britânica a reger uma
grande orquestra de Londres.
Filho do violinista e maestro
Mehli Mehta, estudou em Viena, tornando-se assistente da
Filarmônica de Liverpool e diretor da Sinfônica de Montreal.
Foi titular da Filarmônica de
Nova York e posteriormente
assumiu a de Israel. É, também,
desde 1998, diretor da Ópera de
da Baviera, em Munique.
(JBN)
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