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ERUDITO
Júri contempla mais conhecidos
Prêmio de música
vai para a Cultura
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha
A Secretaria de Estado da Cultura aproveitou o 4º Prêmio Carlos
Gomes para homenagear-se.
Concedida pela Comissão de
Música da secretaria, a premiação
anual para destaques na música
erudita resolveu, em sua edição de
99, contemplar o titular da pasta,
Marcos Mendonça.
Porém, por motivo de viagem, o
secretário da Cultura acabou não
comparecendo anteontem à noite
à Sala São Paulo, onde deveria ter
recebido o troféu Pedro 2º (dedicado a mecenas e patronos das artes) das mãos do ministro da Cultura, Francisco Weffort.
Também não compareceram a
professora de canto Leila Farah
(premiada na categoria Universo
da Ópera) e Fernando Lopes
(Destaque Pianistas).
Criado em 1996 -ano do centenário de falecimento de Carlos
Gomes-, o prêmio tem júri rotativo. Em 99, a comissão julgadora
foi formada pelo jornalista Ênio
Squeff e pelos pianistas Acchille
Picchi e Terão Chebl.
A partir de indicações fornecidas pela Comissão de Música, os
jurados optaram por premiar nomes conhecidos e que já atuam há
muito tempo na cena musical
paulistana, como a soprano Adélia Issa (Vocal Feminino), o violoncelista Antônio Lauro del Claro (Solista Instrumental) e o Coral
Sinfônico do Estado de São Paulo
(Universo dos Corais).
Há ainda três prêmios especiais,
que não passam pelo crivo do júri:
o troféu Pedro 2º, o troféu Guarany (concedido ao compositor
santista Gilberto Mendes, criador
do Festival Música Nova, pelo
conjunto de sua obra) e o Prêmio
"Hors Concours" (dado à soprano Rosana Lamosa, que havia sido derrotada na categoria Vocal
Feminino em edições anteriores).
Laureado como pianista em 97,
Gilberto Tinetti recebeu o segundo Prêmio Carlos Gomes de sua
carreira -desta vez, como integrante do Trio Brasileiro (Música
de Câmara).
O nome mais aplaudido da noite foi o do carismático barítono
Sebastião Teixeira, vencedor da
categoria Vocal Masculino.
Apresentada por Emílio Kalil,
ex-diretor dos teatros municipais
do Rio de Janeiro e São Paulo, e
pela atriz Beatriz Segall, a cerimônia teve acompanhamento musical da Sinfonia Cultura, regida por
Fábio Gomes de Oliveira.
Ao lado dos tenores Fernando
Portari e Marcello Vannucci (que
substituía Benito Maresca), e das
sopranos Niza de Castro Tank,
Deborah Oliveira, Luiza de Moura e Rosana Lamosa, a orquestra
interpretou obras de Carlos Gomes, Donizetti, Verdi e Puccini.
Embora estivesse sendo homenageado pelo conjunto de sua
obra, o compositor Gilberto Mendes não teve nenhuma peça tocada na solenidade.
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