São Paulo, Quarta-feira, 29 de Setembro de 1999
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ERUDITO

Júri contempla mais conhecidos

Prêmio de música vai para a Cultura

IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha

A Secretaria de Estado da Cultura aproveitou o 4º Prêmio Carlos Gomes para homenagear-se.
Concedida pela Comissão de Música da secretaria, a premiação anual para destaques na música erudita resolveu, em sua edição de 99, contemplar o titular da pasta, Marcos Mendonça.
Porém, por motivo de viagem, o secretário da Cultura acabou não comparecendo anteontem à noite à Sala São Paulo, onde deveria ter recebido o troféu Pedro 2º (dedicado a mecenas e patronos das artes) das mãos do ministro da Cultura, Francisco Weffort.
Também não compareceram a professora de canto Leila Farah (premiada na categoria Universo da Ópera) e Fernando Lopes (Destaque Pianistas).
Criado em 1996 -ano do centenário de falecimento de Carlos Gomes-, o prêmio tem júri rotativo. Em 99, a comissão julgadora foi formada pelo jornalista Ênio Squeff e pelos pianistas Acchille Picchi e Terão Chebl.
A partir de indicações fornecidas pela Comissão de Música, os jurados optaram por premiar nomes conhecidos e que já atuam há muito tempo na cena musical paulistana, como a soprano Adélia Issa (Vocal Feminino), o violoncelista Antônio Lauro del Claro (Solista Instrumental) e o Coral Sinfônico do Estado de São Paulo (Universo dos Corais).
Há ainda três prêmios especiais, que não passam pelo crivo do júri: o troféu Pedro 2º, o troféu Guarany (concedido ao compositor santista Gilberto Mendes, criador do Festival Música Nova, pelo conjunto de sua obra) e o Prêmio "Hors Concours" (dado à soprano Rosana Lamosa, que havia sido derrotada na categoria Vocal Feminino em edições anteriores).
Laureado como pianista em 97, Gilberto Tinetti recebeu o segundo Prêmio Carlos Gomes de sua carreira -desta vez, como integrante do Trio Brasileiro (Música de Câmara).
O nome mais aplaudido da noite foi o do carismático barítono Sebastião Teixeira, vencedor da categoria Vocal Masculino.
Apresentada por Emílio Kalil, ex-diretor dos teatros municipais do Rio de Janeiro e São Paulo, e pela atriz Beatriz Segall, a cerimônia teve acompanhamento musical da Sinfonia Cultura, regida por Fábio Gomes de Oliveira.
Ao lado dos tenores Fernando Portari e Marcello Vannucci (que substituía Benito Maresca), e das sopranos Niza de Castro Tank, Deborah Oliveira, Luiza de Moura e Rosana Lamosa, a orquestra interpretou obras de Carlos Gomes, Donizetti, Verdi e Puccini.
Embora estivesse sendo homenageado pelo conjunto de sua obra, o compositor Gilberto Mendes não teve nenhuma peça tocada na solenidade.


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