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MERCADO
Impacto é na venda direta
Aumento de tarifas dos Correios afeta editores
DA REPORTAGEM LOCAL
Aumento nas tarifas dos Correios anunciado em 13 de julho último levaram editores de livros a
iniciar um movimento pedindo a
revisão desses valores, que estariam causando forte impacto sobre os custos de distribuição de
volumes por postagem.
Segundo o editor Vicente Wissenbach, da Pró-Editores, que endereçou correspondência contra
os aumentos a senadores, "os
Correios inverteram seu papel
histórico, dificultando a distribuição de livros no país".
"Estes aumentos vão afetar, e
em muito, as pequenas editoras e
as entidades que editam boletins
informativos e revistas culturais",
diz Wissenbach, que afirma que
os aumentos chegam a 300%.
A assessoria de imprensa dos
Correios declarou que Wissenbach "compara preços de escalas
distintas para tirar conclusões,
como se tudo fosse uma só faixa
de preços". Segundo a assessoria,
as tarifas foram divididas em mais
faixas de preço, calculadas por peso do volume postado.
Os aumentos levaram a Abemd
(Associação Brasileira de Empresas de Mala Direta) a entrar com
ação na Justiça, iniciativa que
conquistou o apoio da CBL (Câmara Brasileira do Livro).
"Se for necessário, vamos participar da ação juntamente à
Abemd. Temos muita identidade
com essa causa. Os Correios estão
praticando aumentos de forma
abusiva e, o que é pior, não abrem
espaço para diálogo", diz Felipe
Lindoso, diretor de relações institucionais da CBL
Lindoso aponta que os maiores
prejudicados serão os pequenos
editores, que fazem venda direta.
"Em um país continental e com
pouquíssimas livrarias, a mala direta é fundamental", diz.
Os Correios afirmam que já entraram em entendimento para
criar política de preços diferenciados para entidades e que atualmente negociam com a CBL.
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