São Paulo, terça, 29 de setembro de 1998

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Pesquisa revela perfil elitista

da Sucursal do Rio

A TV paga ainda é um produto de elite no Brasil. Segundo pesquisa da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), 44% dos assinantes possuem curso superior completo e 93% pertencem às classes A e B, o que significa que ganham a partir de R$ 1.000 por mês.
É para esse público, que pode desembolsar R$ 6,50 para assistir a um filme pornográfico ou R$ 10 para possuir um canal desse tipo à sua disposição, que a Net e a DirecTV estão lançando o Vênus e o Sex Hot.
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Perfil
O perfil do assinante de TV paga foi definido por uma pesquisa feita em julho último pelo Datafolha e divulgada na semana passada pela ABTA.
As mulheres representam 52% dos assinantes e provavelmente são donas-de-casa, pois o mesmo percentual declarou não trabalhar fora.
Não há concentração por faixa etária: 15% têm de 30 a 39 anos; 17%, de 40 a 49 anos; e 29% têm 50 anos ou mais.
Outro dado que mostra o perfil elitista da televisão por assinatura no Brasil: 55% das casas que recebem o serviço possuem três ou mais aparelhos de televisão; 57% têm microcomputador; 42% têm telefone celular; e 88% têm automóvel.
Em quase metade das casas (49%) só vivem adultos; em 37% vivem adultos e adolescentes, e só 21% têm crianças.
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Audiência
Uma outra pesquisa, realizada no ano passado pela Marplan, mostrou um lado curioso da TV por assinatura: os canais abertos (como Globo, SBT e Bandeirantes) têm mais audiência do que os canais pagos.
Pela pesquisa da Marplan, 74% dos entrevistados disseram ter assistido aos canais abertos no dia anterior, e só 34% declararam ter assistido aos pagos.
A explicação, segundo os executivos da Net e da TVA, está no fato de que o sistema de transmissão das TVs a cabo melhora muito a qualidade da imagem desses canais.
De acordo com a ABTA, existem 2,6 milhões de assinantes de TV paga no Brasil, o que corresponde a apenas 7% dos 37 milhões de residências com aparelhos de televisão.
O índice é de 56% na Argentina, 33,7% na Colômbia e 28,4% no Chile.
(EL)



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