São Paulo, Segunda-feira, 29 de Novembro de 1999


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Nordeste recupera a auto-estima, afirma biógrafo

da Reportagem Local


"Tirando Salvador e Recife, o Nordeste aceitou e incorporou o discurso de "coitadinho" ", diz o jornalista Lira Neto. Essa posição, acredita, teria feito o Nordeste "sumir da história" do Brasil após a independência, em 1822.
"Fortaleza sempre teve um desprezo pela própria história", acha Lira Neto. Cita a destruição, em 1985, da casa de Rodolfo Teófilo, apesar de ela ter sido tombada pelo governo estadual.
Para o autor, há uma retomada da história do Nordeste, que Lira Neto atribuiu a uma "contradição saudável da globalização" e à recuperação da auto-estima do nordestino.
"Há espaço agora para a emergência de histórias locais e para romper com o monopólio da "intelligentsia" ", afirma. A consequência é que a história não seria mais contada apenas a partir da ótica do Sudeste, mas respeitando os localismos.
Um dos projetos da Fundação Demócrito Rocha, que Lira Neto coordena, é a edição de livros didáticos que levam em conta a história das cidades cearenses. O objetivo é que cada cidade do Estado tenha um livro específico.


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