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MIDEM
Cópias ilegais de discos e fitas representam 12% do mercado
Pirataria é a principal preocupação da indústria fonográfica mundial
das agências internacionais
A pirataria é um monstro que
continua a apavorar os chefões da
indústria fonográfica mundial.
Foi encerrada anteontem, em
Cannes (França), a 33ª edição do
Midem, a maior feira de distribuição e licenciamento de música independente do planeta, que trouxe
como principal discussão o problema da cópia de registros sonoros sem o pagamento de direitos
autorais.
A situação se agravou bastante
no último ano com as novas tecnologias de distribuição e venda de
música pela Internet e de equipamentos que permitem a produção
de clones de CDs.
Segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, em 97 os discos ilegais representaram 12% do mercado fonográfico. Traduzindo em números,
estima-se que foram vendidos cerca de 370 milhões de CDs e 1,6 milhões de fitas cassetes piratas.
Os mercados mais atingidos pelo
problema são o brasileiro, o norte-americano, o mexicano e o chinês.
A organizações de direitos autorais do mundo estão se unindo para tentar normalizar a situação e
colocar uma barreira entre a pirataria e a legalidade.
Uma das soluções apresentadas
por Enrique Loras, diretor-geral
da SGAE, entidade que cuida dos
direitos da maioria dos artistas de
língua espanhola, é seguir o exemplo feito pela Espanha.
Nesse país, para cada fita cassete
vendida é cobrada uma remuneração compensatória por cópia privada.
"Agora é necessário ampliar essa
lei a todo tipo de sistema de cópia
digital, que deverá ser paga por
aquele que fizer o pedido de compra pela Internet", explicou Loras.
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