|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasileiro assina com gravadora de Beck
JOÃO MARCELLO BÔSCOLI
especial para a Folha
O baterista e produtor Rocco iniciou sua carreira aos 15 anos, colaborando com Dulce Quental e Tókio, durante a cena pop anos 80 no
Brasil. Na virada da década, viajou
buscando novos horizontes em
Los Angeles, Califórnia. Sua intenção era estudar no Musical Institute e depois cair no mercado. Desapontado, abandonou o curso para
trabalhar numa pizzaria.
Procurando contato musical
através de publicações especializadas, encontrou sua primeira banda, a 1000 Monalisa, que se notabilizou por ser pioneira em sua relação com a Internet.
Desgastou-se por ser um projeto
de rock dentro da gigante RCA
-gravadora concentrada em dance, latino e popular.
Há seis meses rompeu com a
banda transferindo-se para o
Fluorescein, grupo que assina essa
semana com a gravadora Geffen (a
mesma de Beck e Nirvana).
Rocco deu essa entrevista à Folha, durante sua passagem pelo
Brasil, onde visita sua família e
produz alguns projetos com Bidi,
seu irmão.
Folha - Você teve banda e contrato com gravadoras no Brasil e
nos EUA. Qual é a diferença?
Rocco - Nos EUA existe uma
preocupação com o desenvolvimento da carreira do artista, enquanto no Brasil as atenções estão
voltadas para o sucesso imediato.
Folha - Você vive e trabalha em
Los Angeles há sete anos. Como é
a cena musical da cidade?
Rocco - Existem dezenas de clubes, em bairros diferentes, onde
bandas novas estão sempre se
apresentando. No momento, as
novidades vêm de um bairro chamado Silverlake, de onde Beck e
nós do Fluorescein surgimos.
Folha - A música brasileira popular é conhecida?
Rocco - Muito pouco. A não ser
bossa nova.
Folha - Como é a vida de uma
banda com contrato nos EUA?
Rocco - A gravadora lhe dá uma
van, suporte na estrada e um salário. Quando o single não chega às
rádios, o trabalho na turnê fica
mais longo e difícil, mas chega um
instante em que existe público e a
rádio acaba tocando.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|