IVAN FINOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Estréia nesta sexta, na Rede SescSenac, a série de documentários "O Brasil na Segunda Guerra Mundial", dirigida pelo cineasta Guga de Oliveira. Os cinco episódios serão exibidos nas cinco sextas-feiras de maio, sempre às 21h.
A série pretende esclarecer, após 60 anos, a real participação do Brasil na guerra, a partir de imagens de arquivo e entrevistas atuais com 40 ex-combatentes da Força Expedicionário Brasileira (FEB). Entre os entrevistados, destacam-se Levy Cardoso, único marechal da FEB ainda vivo, e o crítico Boris Schnaiderman, ex-combatente que é hoje considerado o maior tradutor de Dostoiévski e outros russos no país.
Os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados da FEB, lembram não só de batalhas vitoriosas, mas também de detalhes pouco conhecidos do público, como casos de amor e/ou sexo que alguns tiveram com italianas.
Segundo Oliveira, dos 25 mil brasileiros combatentes (451 mortos), entre 300 ou 400 se casaram com italianas. Esse é um dos pontos de partida para a superprodução "Amores de Guerra", de R$ 12 milhões, longa de Oliveira em fase de captação.
"A série de documentários começou como pesquisa para o filme. Praticamente 80% do roteiro ficcional está baseado nas histórias que colhemos com os combatentes", diz o cineasta.
Outra situação recordada pelos pracinhas foi o pesado treinamento com o Exército norte-americano. Guga de Oliveira lembra que "mais de uma dezena" de brasileiros morreu nos exercícios que incluíam campos de minas reais e metralhadoras com balas de verdade.
Os episódios da série estão divididos cronologicamente: "Declaração de Guerra" (que será exibido no dia 2/5), "O Palco da Guerra" (9/5), "Batismo de Fogo" (16/ 5), "As Grandes Batalhas" (23/5) e "A Vitória e a Volta" (30/5).