DA REPORTAGEM LOCAL

Um encontro histórico entre bonecões carnavalescos de Olinda (PE) e Mariana (MG) marca a abertura do 3º Festival Internacional Telemig Celular de Teatro de Bonecos. Hoje, a partir das 14h30, a praça da Liberdade, região central de Belo Horizonte, será tomada por personagens pernambucanos que ganharam forma a partir de 1919, como Homem da Meia-Noite, Menino da Tarde, Catarina e Maria Batalhão.
Juntam-se a eles os bonecões do bloco Zé Pereira da Chácara, que mantém a tradição dos tropeiros do século 18. Após a passeata, serão apresentados três espetáculos no primeiro dia do evento: "Histórias de Teatro e Circo", com Carroça de Mamulengos, "Em Concerto", Contadores de Estórias, e "Sevé", Zero (MG).
Até 8 de junho o festival reunirá 23 companhias, 12 internacionais (veja quadro nesta página).
Pela primeira vez, a programação inclui espetáculos do Oriente, um dos "berços" da arte dos bonecos, segundo o coordenador do evento, Lelo Silva, 36, que assina a curadoria com Adriana Focas.
É o caso, por exemplo, das companhias indianas Presanna Rao e Putthali Kalaranga. Entre os projetos internacionais, há uma versão dos espanhóis do El Retablo para uma história infantil de Jorge Amado, "El Gato Manchado y la Golondrina Sinhá".
A criação de dois júris, um popular e outro especializado, também constitui novidade nesta edição. O objetivo, diz Silva, é sondar a recepção do público aos espetáculos. Serão entregues troféus à melhor montagem. O festival é orçado em R$ 340 mil. Serão ocupados quatro teatros da cidade, além de ruas e praças. Na programação paralela, haverá seminário de iluminação, lançamento de livro e exposição. (VS)