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Filme não bate recorde de "Mundo Perdido'
"Godzilla' fracassa
com US$ 74 mi
AMIR LABAKI
de Nova York
Quem dera todo fracasso fosse como "Godzilla". A versão
de Roland Emmerich ("Independence Day") para as desventuras do megamonstro pelas selvas de Manhattan deve
ultrapassar a marca de US$ 100
milhões neste final de semana,
o segundo desde sua estréia.
Mas "Godzilla" não bateu o
recorde de estréia de verão de
"O Mundo Perdido", de
Spielberg, como era esperado.
Chegou perto. Arrecadou US$
74 milhões no final de semana
esticado pelo feriado do Memorial Day da segunda ("O
Mundo Perdido" faturou US$
94 milhões em sua estréia).
A imprensa já aposta que
"Armageddon" vai roubar de
"Godzilla" o título de filme
do verão 1998. Pode ser -mas
não que o "disaster movie" de
Michael Bay pareça ostentar
méritos cinematográficos
maiores que o de Emmerich.
Certo, o novo "Godzilla"
não é um clássico, mas tampouco é tão fraco quanto disseram. É um Ed Wood com orçamento, desses filmes ruins que
acabam extraindo das deficiências certo charme.
Entre os lançamentos para
adultos, dois veteranos disputam as preferências. Robert
Redford e Warren Beatty dirigem, produzem e estrelam respectivamente "O Encantador
de Cavalos" e "Bulworth".
No primeiro, Redford faz um
especialista em cavalos que
tenta recuperar a montaria de
estimação de uma garota após
um grave acidente. No entretempo, envolve-se com a frenética mãe dela, vivida por
Kristin Scott Thomas. É belo,
mas excessivamente longo.
Muito mais corrosiva e irregular é a radiografia que "Bulworth" faz dos EUA de Clinton. Beatty interpreta um senador democrata que, cansado
das regras do jogo, contrata o
próprio assassinato e aproveita
a campanha eleitoral de 1996
para desabafar.
É uma versão "hip hop" das
fábulas políticas de Capra,
muito mais imperfeita que o
modelo. Ainda assim, é cinema
com cérebro, coisa rara na era
de supercobras e megalagartos.
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