DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Vittorio Gassman, um dos maiores atores de teatro e cinema da Itália no pós-guerra, morreu ontem aos 77 anos, de ataque cardíaco. Seu corpo será velado na Prefeitura de Roma de hoje a sábado, quando será cremado.
Tornou-se mundialmente conhecido em 1958, ao co-estrelar, com Marcello Mastroianni, a comédia "Os Eternos Desconhecidos" (58), de Mario Monicelli.
Antes, havia dedicado as primeiras décadas de sua carreira predominantemente ao teatro, em que estreou em 1943, após cursar a Academia Nacional de Arte Dramática. Liderou elencos do Pequeno Teatro de Milão e fundou e dirigiu o Teatro Popolare Italiano.
Encenou textos de William Shakespeare, Ésquilo e do cineasta Pier Paolo Pasolini e foi dirigido por Luchino Visconti em "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams.
No cinema, teve participações de destaque em "Guerra e Paz" (King Vidor,56), "Sua Excelência, o Trapaceiro" (Dino Risi, 59), "O Incrível Exército de Brancaleone" (Mario Monicelli, 65), "Sete Vezes Mulher" (Vittorio de Sica, 67), "Nós Que Nos Amávamos Tanto" (Ettore Scola, 74), a primeira versão de "Perfume de Mulher" (Dino Risi, 74, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator em Cannes), "Cerimônia de Casamento" e "Quinteto" (Robert Altman, 78 e 79), "A Família" (Ettore Scola, 87), entre outros.
Mais recentemente, dedicou-se à literatura, atuou em "Sleepers -A Vingança Adormecida" (Barry Levinson, 96) e recebeu o Leão de Ouro pelo conjunto de sua obra no Festival de Veneza de 96. Um de seus últimos filmes, "La Cena" (Ettore Scola, 98), tem estréia prevista no Brasil para agosto.


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