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TV X CINEMA
Proposta de cobrar 4% do faturamento de TVs para incentivo ao cinema gera reação; SBT manda carta ao governo
Bandeirantes diz que taxa é "confiscatória"
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A TV Bandeirantes avalia como
"confiscatória" a proposta do Gedic (Grupo Executivo para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica) de que as redes sejam obrigadas a pagar 4% de seu
faturamento bruto para incentivo
da indústria cinematográfica.
O grupo, que tem representantes do governo e do cinema, deve
entregar até amanhã ao presidente Fernando Henrique Cardoso
um texto com propostas sobre
política cinematográfica. Entre os
pontos, estaria a da taxa às TVs.
A expectativa dos cineastas é
que o documento seja assinado
como medida provisória. As TVs
esperam que as propostas sejam
apresentadas em forma de projeto de lei, o que tornaria necessária
a passagem pelo Congresso.
A Folha apurou que a reação
das TVs foi negativa e existe pressão para que a taxa seja retirada
do texto final. José Roberto Maluf,
vice-presidente do SBT, enviou
carta ao ministro Pedro Parente
(Casa Civil) criticando a maneira
como as discussões têm sido tocadas. Antonio Teles, vice-presidente da Bandeirantes, disse que a
emissora lamenta o fato de "nunca ter sido convidada a participar
do debate e avalia como confiscatória a cobrança dos 4%".
Evandro Guimarães, vice-presidente da Globo, faz parte do Gedic, mas não é considerado um representante pelas emissoras. Fontes do Gedic dizem que ele teria sido contra a taxa. A Folha tentou
entrevistá-lo, mas, por problema
familiar, ele não pôde responder
até o fechamento desta edição.
Existe pressão dos cineastas para que o documento vire medida
provisória nos próximos dias,
porque, na quarta, deve passar a
valer uma nova regra para as MPs.
A mudança limita o prazo de validade e a possibilidade de alteração das MPs, e dá prazo máximo
de 45 dias para que sejam votadas.
Colaborou Elvira Lobato, da Sucursal do
Rio
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