Lançamentos unem clássicos e atualidades do cinema italiano; críticos listam os dez melhores filmes

SHEILA GRECCO
da Redação

Eleger as melhores produções em língua italiana ou de diretores italianos de todos os tempos foi tarefa árdua. José Geraldo Couto lamentou ter deixado de fora "Passageiro: Profissão Repórter", de Antonioni, Lúcia Nagib advertiu que sua escolha foi "arbitrária e pessoal" e o cineasta Ugo Giorgetti disse ter sido movido "mais pela emoção do que pela importância histórica de certos filmes".
"Qualquer lista que excluísse De Sica, Antonioni e Rosselini seria incompleta", disse Giorgetti. Não foi o que ocorreu. Todos os três diretores figuram na lista dos sete críticos (veja a relação à esq.).
Para Giorgetti, a principal contribuição do cinema italiano foi, no pós-guerra, "mostrar como era possível fazer cinema com orçamentos contidos, colocando tipos que não existiam nas telas, de operários a atores amadores". "Tudo isso foi uma lição para a cinematografia brasileira e o que nos incentivou a levar às telas tipos reais, os negros, a favela etc."
Para ele, mais do que nunca, "o cinema italiano é intraduzível" e é preciso ouvi-lo no original. Mesmo assim, versões multilinguísticas, em DVD, estão sendo lançadas. Confira os lançamentos, a lista que, se não é a mais completa, certamente é útil para (re)lembrar algumas das melhores produções já feitas no cinema. Leia ainda a crítica a trabalhos de dois dos diretores citados, o clássico Vittorio De Sica e o atual Nanni Moretti.


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