|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
A série, que estréia hoje no canal pago HBO, traz uma abordagem mais sofisticada do sexo nos anos 90
"Sexo e a Cidade" é "Seinfeld" sexy
ALEXANDRE MARON
da Reportagem Local
Darren Star, o produtor de "Barrados no Baile" e "Melrose", fez em
"Sexo e a Cidade" tudo aquilo que
"pasteurizava" nos outros dois
programas que criou. É a opinião
de Roberto Rios, diretor de aquisições para a América Latina do canal pago HBO, no qual a série estréia hoje, às 22h30.
Nos outros seriados produzidos
por Star, os relacionamentos têm
um tratamento mais superficial.
"São voltados para públicos diferentes. A HBO só exibe programas
adultos como este após as 22h", explica Rios.
A "pasteurização" executada por
Star nos outros seriados é ligada à
forma como o relacionamento sexual é tratado. Diferente de todos
os outros, "Sexo e a Cidade" traz
uma abordagem mais sofisticada,
onde sexo não é só objeto de poder
ou uma justificativa para mostrar
corpos nus.
Na série, sem cenas eróticas, mas
com alguma nudez, sexo é mais
um dado importante do comportamento do fim de século.
A protagonista do programa é
Carrie (Sarah Jessica Parker), uma
jornalista que escreve a coluna que
dá o título à série e que fala com algum humor sobre como são os relacionamentos dos anos 90, sob a
ótica feminina.
Carrie costuma entrevistar conhecidos em busca de experiências
para sua coluna, falando com pessoas pelas cafeterias de Manhattan, em Nova York. A principal
matéria-prima é o seu grupo de
amigas. São elas que colocam em
prática as idéias sobre as quais a
jornalista vai escrever.
No primeiro episódio, ela propõe
que as mulheres pratiquem sexo
de uma forma masculina, ou seja,
"sem amor". O que leva Carrie a
envolver-se com um antigo namorado e reconquistá-lo.
A série segue falando de homens
que têm fixação por modelos, mulheres que só querem homens na
casa dos 20 anos, gravidez, casamento ou o uso de acessórios para
aumentar o prazer sexual.
A própria Carrie e o seu círculo
de amigos vivem essas situações, e
o telespectador pode observar a
forma irônica por meio da qual os
personagens observam os acontecimentos.
E, embora goste de ser vista como uma mulher moderna e independente, a própria protagonista
acaba se envolvendo com um personagem misterioso chamado Mr.
Big (Chris Noth), um executivo
bem-sucedido. Ele se torna o interesse romântico da jornalista, mas
não quer envolvimentos sérios.
Ao longo dos episódios, Mr. Big
levanta novos temas que serão
abordados por Carrie. Ele a faz
sentir-se insegura e coloca em
questão muitas das convicções que
a jornalista demonstra em seus artigos ao apresentá-la aos conhecidos como sua amiga e dizer que
não se casará novamente.
Nos EUA, onde os 12 capítulos da
primeira temporada da série foram exibidos até agosto deste ano,
a reação da crítica foi favorável,
chegando a apelidar o seriado de
"Seinfeld Sexy" e afirmar que era
uma nova forma de abordar o assunto.
"Sexo e a Cidade" é baseado no
livro homônimo de Candace
Bushnell. "Os outros programas
que falam desse assunto geralmente são contos eróticos. Este traz a
ótica feminina, e é ótimo para ser
assistido por casais", conclui Rios.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|