|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Legislação em vigor é de 72, acrescida de emendas
da Reportagem Local
A primeira Lei de Zoneamento
de São Paulo foi definida em 1972
e, acrescida de várias emendas,
continua em vigor até hoje.
Essa lei foi estruturada sobre
uma rede de vias expressas que deveriam ter sido construídas na cidade, mas que nunca saíram do
papel.
"É uma concepção equivocada
de zoneamento. Em 1968, época do
milagre econômico, achava-se que
a rede seria construída, mas isso se
mostrou inviável", afirma Nádia
Somekh, chefe do Departamento
de Planejamento e Urbanismo da
Universidade Mackenzie.
Para ela, a segunda crítica à lei está relacionada ao coeficiente de
aproveitamento das áreas -o
quanto se pode construir em um
terreno.
Em 10% da cidade, o aproveitamento máximo é quatro, ou seja, é
permitido construir até quatro vezes a área do terreno. Nos demais
90%, o limite é duas vezes a área do
terreno. Segundo Nádia, em Nova
York o coeficiente chega a 22.
"A lei produz uma injustiça porque, se duas pessoas têm um terreno na mesma rua, mas em zonas
diferentes, o preço é diferente, e a
possibilidade de construção também", afirma.
Para mudar esse quadro, segundo a urbanista, o primeiro passo é
fazer um Plano Diretor. "É preciso
fazer com que um novo zoneamento não reproduza essa desigualdade", afirma.
O conceito de zoneamento surgiu no fim do século passado, na
Alemanha, com o objetivo de separar os usos do solo em áreas residenciais, comerciais e industriais.
Texto Anterior: Zoneamento: Prefeitura quer nova regra para corredores de trânsito Próximo Texto: Por dentro do distrito: Bela Vista cresceu com imigrantes Índice
|