São Paulo, domingo, 04 de outubro de 2009

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ZONA SUL

Posto de campeã adensa ainda mais a Vila Mariana

Bastante povoado, distrito se destaca em oferta de hospitais e escolas, mas sofre com trânsito e barulho

Fred Chalub/Folha Imagem
O comerciante Alexandre Ibrahim, que trabalha na Vila Mariana, adotou a bicicleta como meio de transporte

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O status de campeão de lançamentos tende a povoar ainda mais o adensado distrito da Vila Mariana, que já tem 13.389 habitantes por km2 -acima da média da cidade, de 7.201 habitantes por km2, segundo a empresa de inteligência geomercadológica Cognatis. Moradores mais antigos surpreendem-se com a expansão. "Houve crescimento desordenado, que se refletiu em perda da qualidade de vida", avalia Alexandre Ibrahim, 38, comerciante que mora e trabalha lá. Novos prédios -a maioria com unidades de quatro dormitórios- se concentram na Chácara Klabin e entre a rua Vergueiro e o parque Ibirapuera. "O fluxo de carros aumentou muito", queixa-se Oswaldo Baccan, 53, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Vila Mariana. O trânsito e a poluição sonora são as principais queixas dos moradores segundo a pesquisa DNA Paulistano, do Datafolha. O desenvolvimento impulsionou estabelecimentos comerciais. "O distrito é certamente autossuficiente no que diz respeito ao comércio", define Pedro Rodrigues, 54, diretor-superintendente da distrital sudeste da Associação Comercial de São Paulo. A região concentra 37 hospitais e clínicas -atrás apenas da Bela Vista- e 58 escolas particulares -só perde para Santana-, segundo o Datafolha. "Eu morava, trabalhava e fazia faculdade na mesma rua", diverte-se o artista plástico Wagner Caminha, 38, que elogia a grande quantidade de praças e áreas verdes e a proximidade dos parques Ibirapuera e da Aclimação.

Do outro lado do rio
A vice-campeã Vila Andrade tem a seu favor a boa oferta de terrenos para crescer mais rapidamente que a Vila Mariana. Grandes áreas permitem fazer condomínios-clubes com amplas áreas de lazer, importantes em um bairro não muito acolhedor para pedestres. "De cinco anos para cá têm surgido mais praças e locais de caminhada", comenta Rosa Richter, 40, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Jardim Sul. O comércio local ainda não é muito abrangente. "Não vemos aquelas lojinhas típicas de bairro, como quitandas", analisa a designer gráfica Aira Trevizan, 28. A principal reclamação dos moradores é o trânsito, concentrado na avenida Giovanni Gronchi, única opção para transpor o rio Pinheiros. Segundo o subprefeito do Campo Limpo, Luiz Ricardo Santoro, 47, uma via perimetral alternativa está sendo feita (a rua Itapaiuna será estendida). "Por causa de decisões judiciais de desapropriações, não é possível ter certeza, mas há grandes chances de ficar pronta em 2010", diz. Projetos, como outra ponte sobre o rio e a extensão da linha 5-lilás do metrô, devem desafogar o trânsito, segundo Santoro. (ECL)


Assista a vídeo sobre o perfil do distrito



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