São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2004

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Apartamentos têm "perfil familiar"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Entre os apartamentos lançados na zona oeste de 1999 a 2003, predominaram os com perfil mais "familiar", com dois dormitórios (32%) ou três dormitórios (31%). As unidades de um quarto são consideravelmente mais raras (13%) que as de quatro (24%).
"[Os três-quartos] são empreendimentos que atendem a um público mais amplo", presume Marcella Carvalhal, gerente da Klabin Segall. "Atraem tanto quem busca um incremento no tamanho do imóvel como quem já morava em casas da região."
Sobretudo em distritos mais tradicionais, como Perdizes e Alto de Pinheiros, predominaram os produtos para famílias "já consolidadas, de classe média ou média-alta, com faixa etária mais avançada e que estavam trocando um apartamento de dois dormitórios por um de três, por exemplo", pondera Luiz Fernando Ribeiro, da Via.

Belas vistas
"O alto padrão foi o carro-chefe dos últimos dois anos", afirma João Freire d'Avila Neto, da Amaral d'Avila. "E Perdizes constitui um bolsão que permite o surgimento desse tipo de imóvel."
O estudo do Datafolha mostrou também que o um-dormitório foi o menos lançado (13%). As coberturas, por sua vez, tiveram incremento de 165%, a maioria (43%) com quatro dormitórios. Considerando todas as coberturas da cidade, 37% estão na zona oeste.
E viver no alto é mesmo um diferencial para os moradores locais. "Perdizes, por exemplo, é uma região relativamente montanhosa, o que permite tirar partido das vistas", lembra Roberto Aflalo Filho, da Asbea. "Isso tem um valor enorme em zonas urbanas congestionadas", completa.

Topo do pódio
Ao lado do Itaim Bibi, Perdizes luta pela hegemonia do mercado local -o primeiro ganha em número de unidades, e o segundo, em prédios. Em 2003, contudo, a vantagem do Itaim foi ampla: lançou mais que o dobro de prédios (21 contra 10) e de apartamentos (1.743 contra 746) que Perdizes.
E a tendência deve se manter. "Boa parte do Itaim tem a possibilidade de se alavancar com a operação urbana Faria Lima. Vai ter mais mercado que Perdizes", estima d'Avila Neto.(EV)

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