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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003
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COBERTURA Em "efervescência", alto padrão mira 5 distritos
MONICA FAVERO FREE-LANCE PARA A FOLHA Os distritos de Moema, Morumbi, Jardim Paulista, Alto de Pinheiros e Itaim Bibi, líderes na concentração de famílias de classe mais alta, detêm 63% dos lançamentos de alto padrão que ocorrem hoje na Grande São Paulo. Dos 52 empreendimentos desse tipo lançados no ano passado em São Paulo, 33 estão localizados naquele perímetro. São casas e apartamentos com quatro ou mais dormitórios/suítes, pelo menos quatro vagas de garagem e preço superior a R$ 500 mil. Segundo as consultorias Amaral d'Ávila Engenharia de Avaliações e Embraesp, que realizaram os levantamentos, há dez anos esses distritos eram responsáveis só por 40% dos empreendimentos lançados para famílias com renda superior a 70 salários mínimos. Demanda constante Na opinião do diretor técnico da Amaral d'Ávila, João d'Ávila, a última década foi marcada pelo aumento do número de imóveis de alto padrão em São Paulo. O diretor da Embraesp Luiz Paulo Pompéia avalia que a expansão é meramente uma forma de o mercado imobiliário tentar suprir a grande procura. "A produção de unidades de alto padrão na cidade nunca foi tão expressiva. Pode-se dizer que a demanda em distritos como Jardim Paulista, Morumbi e Moema começou agora a ser bem atendida." Uma das explicações é que os novos imóveis de alto padrão oferecem maior número de garagens, novos serviços e sistemas de segurança mais modernos do que os edifícios de mesmo padrão, construídos há cinco ou oito anos. Portanto, é comum encontrar famílias que trocam o antigo imóvel por outro mais moderno. Outro motivo da demanda é o perfil do público comprador. "São pessoas que precisam mudar de endereço devido ao trabalho, famílias em que os filhos cresceram e precisam de mais espaço ou que passaram por melhoria de vida e querem edifícios mais sofisticados", explica o diretor comercial da construtora Tecnisa, Gionny Ronco, 37. Sonho de paulistano Entre os imóveis de alto padrão, cresce também a procura por condomínios horizontais. Segundo os dados da Embraesp, somente no ano passado, 134 empreendimentos desse tipo foram lançados na Grande São Paulo, contra 70 em 2000 e 110 em 2001. "Embora tenha ocorrido o aumento, não se pode afirmar que os condomínios horizontais são uma tendência na cidade, uma vez que não há tantos terrenos com as características necessárias", afirma Luiz Paulo Pompéia. Texto Anterior: Vista: Desequilíbrio distancia bairros de SP Próximo Texto: Para comprador, espaço de sobra é "fundamental" Índice |
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