São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2002

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Sul e leste lideram ranking atual

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Enquanto consultores e profissionais do setor apontam a zona oeste como o principal foco de lançamentos no futuro, os projetos de construção aprovados na prefeitura fazem das zonas sul e leste as líderes em empreendimentos nos próximos dois anos.
"Do encaminhamento dos projetos à prefeitura para aprovação à conclusão da obra, levam-se em média dois anos", comenta Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), especializada na análise de lançamentos imobiliários em São Paulo.
Morumbi (74 projetos), na zona sul, e Itaquera (36), na zona leste, estão na primeira e na segunda posições. A zona oeste vem depois, com o Butantã, que teve 35 projetos aprovados entre dezembro de 1999 e novembro de 2001. Outro bairro da zona sul, o Campo Limpo, é o quarto, com 34.
"Com a chegada do metrô, a região será beneficiada e, a exemplo de outros locais que receberam esse transporte, o Campo Limpo crescerá muito", prevê Pompéia.

Demanda
De acordo com Paula Maria Motta Lara, diretora do Departamento de Aprovação de Edificações da Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano, dificilmente surgirá um bairro, nos próximos dois anos, que será uma coqueluche no mercado, como ocorreu com o Panamby e com a Saúde, ambos na zona sul.
"Ainda teremos muitos lançamentos em bairros já consolidados, como Morumbi, Itaquera e Campo Limpo, que já estão entre os líderes do ranking", afirma.
Por mais que a paisagem local já pareça estar tomada por arranha-céus, os bairros de Moema, na zona sul, e Tatuapé, na zona leste, continuarão a abrigar lançamentos. Segundo profissionais do setor, isso se deve à demanda certa.

Metrô
No número de projetos aprovados na prefeitura, Tatuapé e Moema ocupam juntos a quinta colocação, com 26 empreendimentos aprovados cada um.
Para que outros bairros recebam lançamentos como os líderes, José Romeu Ferraz Neto, vice-presidente do SindusCon-SP (sindicato das construtoras), defende o uso das operações urbanas, como as das regiões da Faria Lima, da Água Branca e central.
Alberto Du Plessis, vice-presidente de tecnologia e relações de mercado do Secovi-SP (sindicato das imobiliárias e construtoras), afirma que a cidade deve crescer na direção da Vila Sônia (zona oeste), seguindo a linha do metrô.
Na opinião dele, o mesmo deve ocorrer na região da avenida Água Espraiada, cujo processo de operação urbana foi aprovado no final de dezembro. (EF e JN)



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