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ZONA LESTE
Apesar do crescimento nos últimos anos, bairros têm alta demanda
Itaquera e Tatuapé ainda atraem
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Pelos projetos que as construtoras já têm aprovados e pelos
seus planos, Itaquera e Tatuapé
garantirão o crescimento de São
Paulo para o leste, no futuro.
Apesar da superpopulação
(cerca de 2 milhões de pessoas),
Itaquera ainda tem muita área
para edificações. Engana-se, porém, quem pensa que o foco dos
construtores esteja voltado apenas para a habitação popular.
O Jardim Nossa Senhora do
Carmo é hoje a região mais cobiçada pelos empreendedores.
De tão diferente em relação aos
vizinhos, o bairro ganhou o apelido de "Morumbi" de Itaquera.
"Todos os dias há construtores comprando terrenos por
aqui", revela Walter Fontolan,
43, proprietário de uma imobiliária no bairro. "Os terrenos já
estão supervalorizados", avisa.
Para os moradores, as vantagens de morar nesse "Morumbi" são a área verde, o comércio
diversificado, escolas, hospitais,
a proximidade com o parque do
Carmo, o Sesc Itaquera e a Associação Cristã de Moços (ACM).
Pelo lado do mal, eles apontam a presença de prostitutas,
em todos os horários, na avenida Afonso de Sampaio e Souza.
Tatuapé
Consolidado como o bairro
mais nobre da zona leste, o Tatuapé ainda tem fôlego para receber mais empreendimentos.
E, de acordo com profissionais
do setor, possui uma demanda
ávida por novas moradias.
Embora o bairro não tenha
tantos terrenos livres, os moradores sabem que velhas casas
logo cederão espaço a imponentes prédios. "Eles vão chegando,
e sabemos que em breve teremos de sair daqui", diz Vitor
Manoel Marques, 53, dono de
um bar e mercearia localizado
entre os prédios de altíssimo padrão do Jardim Anália Franco.
"Os novos moradores não frequentam o meu bar. Eles preferem as choperias requintadas."
De fato, não faltam estabelecimentos de nível no bairro, como
os restaurantes e bares das ruas
Itapura e Euclides Pacheco.
Por outro lado, há pessoas que
não deixaram de lado os velhos
hábitos. Exemplo disso é a barbearia de Pedro Valeriano dos
Santos, 65, morador do bairro
desde 1968. "Vêm juízes, empresários, advogados. Mesmo
mais ricos, meus clientes não
me abandonaram."
(EFo)
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