DA REPORTAGEM LOCAL

No começo da internet, os golpistas virtuais usavam sites maliciosos com endereços formados por números ou que tinham domínios incomuns, como .tk e .ru.
Com o passar do tempo e com o aumento na sofisticação dos ataques, entretanto, ficou cada vez mais difícil identificar se um site é confiável ou se ele traz armadilhas. Muitas vezes, mesmo digitando o endereço correto no navegador, o micro pode ser direcionado para páginas que instalam programas espiões.
Pensando em resolver esse problema, uma empresa formada por ex-alunos do MIT (Massachusetts Institute of Technology, web.mit.edu) criou um soft capaz de analisar endereços e dizer se eles são seguros ou não.
Com versões para Internet Explorer e Firefox, o SiteAdvisor (grátis por 90 dias em www.siteadvisor.com) indica a segurança de cada link mostrando sinais coloridos.
Segundo o programador Tom Pinckney, os testes demonstraram que, em média, dez dos 18 primeiros resultados de uma busca no Google são classificados com um alerta vermelho, ou seja, apresentam grande risco de problema para o usuário.
O SiteAdvisor usa um mecanismo que visita as páginas automaticamente e descobre se elas levam ao download de programas espiões ou ao envio de publicidade indesejada. Essas análises podem ser vistas por meio de um relatório, que mostra quais são as ameaças que um determinado site pode conter.

Na prática
Durante testes realizados pela reportagem, o SiteAdvisor apresentou um desempenho apenas regular, apesar de sua extrema facilidade de uso.
Muitos endereços foram classificados como "untested" -o programa diz que não conhece o site- e links que levam até a mesma página podem apresentar resultados diferentes.
O critério para definir o nível de alerta também precisa ser melhorado. Alguns sites classificados como verdes podem enviar spam, caso o usuário cadastre seu e-mail em algum de seus serviços.
O SiteAdvisor até avisa quais são as mensagens indesejadas que podem vir, mas é preciso clicar na opção View Site Details para obter essa informação.
Outro ponto a ser melhorado é a interação com o navegador. Ao acessar sites potencialmente perigosos, o programa exibe o alerta vermelho, mas não impede que o usuário continue a clicar nos links da página. Dessa forma, o alerta pode passar despercebido. (JB)


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