São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

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Gravador pausa programação ao vivo

DA REPORTAGEM LOCAL

Já bastante populares nos Estados Unidos, os gravadores digitais de vídeo (DVRs) ainda são raros no Brasil. É possível importar um, mas, ao fazê-lo, você esbarrará num detalhe crucial: a falta de um guia de programação eletrônico (EPG) com os canais de televisão exibidos no país. Sem esse guia, o gravador digital perde uma de suas grandes vantagens em relação ao videocassete -a possibilidade de gravar programas simplesmente selecionando-os na tela (não é preciso digitar horários, como no vídeo).
A operadora de TV por satélite Sky (www.sky.tv.br), que afirma ter 780 mil assinantes, está lançando o Sky+, primeiro gravador digital adaptado para o mercado brasileiro. O aparelho custa R$ 1.499, o suficiente para comprar três videocassetes, e o usuário, que precisa ser assinante da Sky (R$ 60 a R$ 120 mensais), ainda tem de pagar mais R$ 19,90 mensais pelo uso do gravador.
Essas condições restringem a adoção do Sky+, mas os recursos do aparelho o tornam atraente. Você pode, por exemplo, pausar a exibição de um programa transmitido ao vivo (para ir até a cozinha, por exemplo).
Essa função não funciona como replay, ou seja, não recupera trechos do programa que foram exibidos antes do acionamento dela, que é manual. Gravadores como o norte-americano TiVo (www.tivo.com) registram automaticamente a programação ao vivo e têm replay instantâneo.
A Sky promete acrescentar o replay instantâneo por meio de uma atualização de software, que será gratuita e está prevista para o primeiro semestre.
A programação de gravações, principal fraqueza dos videocassetes, é muito simples: basta selecionar, no menu exibido na tela, os shows desejados, com antecedência máxima de sete dias (não é preciso digitar os horários).
Pode-se gravar um programa e ver outro ao mesmo tempo. Uma vantagem do Sky+ em relação ao TiVo é que o guia de programação eletrônico chega via satélite, ou seja, o aparelho não precisa se conectar à internet para baixá-lo.
O Sky+ tem um disco rígido de 80 Gbytes, que comporta aproximadamente 50 horas de vídeo. Segundo a operadora, é possível transferir shows para um videocassete para guardá-los de forma permanente, exceto se eles forem do tipo Pay Per View. O aparelho tem uma saída USB, mas ela é do tipo 1.1, lenta demais para transferir vídeo, e ainda não funciona (sua ativação está prometida para o final de 2004). (BG)


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