São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2004

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IMAGEM

Panasonic usa minidiscos que podem ser vistos em tocador comum; ligação ao PC é deficiente

Filmadora grava vídeo direto em DVD

Ciete Silverio/Folha Imagem
Câmera VDR-M70, que tem tela de cristal líquido e conector USB, e DVD de 8 cm em cartucho plástico


BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

O diferencial da filmadora digital Panasonic VDR-M70 atrai mesmo quem não se importa com tecnologia -em vez de usar fitas, a câmera grava vídeo direto em DVDs. As vantagens são evidentes: além de ser mais durável do que a fita, o disco pode ser visto diretamente num toca-DVD comum (não é preciso conectar a filmadora ao televisor).
A câmera (US$ 900), cujo lançamento nos EUA está marcado para amanhã, foi testada com exclusividade pela reportagem.
As desvantagens da Panasonic VDR-M70 em relação a uma filmadora comum são menos óbvias, mas existem. Primeiramente, os DVDs pequenos (8 cm de diâmetro) que a câmera usa ainda são difíceis de encontrar -ao visitar 14 lojas da rua Santa Ifigênia, pólo de informática de São Paulo, a reportagem só encontrou os minidiscos em uma delas.
A câmera aceita discos dos tipos DVD-RAM e DVD-R. O primeiro vem com a câmera, é regravável e versátil -você pode apagar trechos e fazer pequenas edições diretamente na filmadora-, mas não funciona na maioria dos toca-DVDs (só é compatível com alguns modelos da Panasonic).
O DVD-R, que deve ser comprado à parte (e custa R$ 13), funciona em quase todos os tocadores, mas só pode ser usado uma vez e é bem pouco flexível -depois de gravar algo no disco, não há como apagar. Além disso, a câmera precisa finalizar (formatar) o disco antes que ele possa ser visto num toca-DVDs -processo moroso, que leva até meia hora.
Ambos os tipos de disco proporcionam a mesma qualidade de imagem e a mesma capacidade de gravação: 30 minutos de cada lado. Você precisa encaixar o minidisco num cartucho plástico antes de inseri-lo na câmera. Isso ajuda a proteger o DVD contra riscos, mas a fragilidade do cartucho torna a tarefa irritante.
Os vídeos têm boa qualidade de imagem, similar à obtida com filmadoras dos tipos MiniDV e Digital 8 (que usam fitas digitais). O modo Xtra, que reduz a capacidade dos DVDs para 20 minutos por lado, não proporciona grandes melhorias. Já o modo Economy, que permite 60 minutos por face, deve ser evitado, pois prejudica sensivelmente a imagem.
A VDR-M70 também tira fotos. A resolução é razoável (1,22 Mpixel), e as imagens podem ser gravadas num DVD ou num cartão de memória Secure Digital.
A câmera, que se liga ao micro por um cabo USB (não aceita o padrão FireWire), não é reconhecida pelos principais softwares de edição de vídeo, como Windows Movie Maker e Adobe Premiere. Se você quiser editar suas gravações no PC, tem de primeiro extraí-las usando um software da Panasonic, o que representa uma complicação indesejável.
A tela de cristal líquido embutida na filmadora é grande -2,5 polegadas- e muito brilhante, mas afeta negativamente a duração da bateria recarregável (uma hora e 42 minutos).
De modo geral, a VDR-M70, cujo lançamento no Brasil foi prometido para setembro, é uma boa câmera, mas só para uso amador e ocasional. Para quem deseja editar vídeos no PC ou quer mais autonomia, as filmadoras MiniDV e Digital 8 ainda são melhores.


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