São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 2005

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Editoras discutem a digitalização

DA REPORTAGEM LOCAL

Na evolução virtual, a digitalização de livros e de publicações parece um caminho irreversível. Por outro lado, disputas jurídicas demonstram que é preciso criar normas para tal processo. Diferentemente do que ocorre em outras partes do mundo, no Brasil a iniciativa de criar parâmetros para a digitalização partiu das próprias editoras. Eduardo Blücher, coordenador de novas tecnologias da Câmara Brasileira do Livro, que reúne editoras nacionais, contou à Folha como a questão vem sendo discutida. (MB)

 

Folha - O que já está certo quanto à digitalização brasileira?
Eduardo Blücher -
É certo que temos de nos mexer, mas nem tudo está definido. Discutimos o assunto há oito meses e queremos lançar um projeto piloto em 2006.
Folha - Como esse conteúdo será oferecido?
Blücher -
Provavelmente por meio de um portal e também de lojas on-line. Os editores são gestores de conteúdo -o meio em que este será publicado é secundário. O importante é proteger os direitos autorais da obra, afinal, comparativamente, não é porque uma pessoa está com fome que ela deve saquear um supermercado.
Folha - De que maneira será feita essa proteção?
Blücher -
Isso é delicado, pois, se complicarmos demais o acesso, prejudicaremos o usuário correto. Ao regularizar, desejamos oferecer uma nova opção às pessoas e combater a prática da fotocópia de livros, já que será possível adquirir apenas trechos das obras.
Folha - Quais livros serão digitalizados inicialmente?
Blücher -
Há duas categorias de livros: os de lazer, que para lê-los nos recostamos, e os de estudo, que para lê-los nos debruçamos. Esse segundo grupo será mais facilmente adaptado ao meio eletrônico, que também instiga a postura de busca pelo conhecimento. A oferta de títulos crescerá conforme o interesse do mercado.


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