São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

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ENTRETENIMENTO

Com disco rígido embutido, Panasonic guarda até 104 horas de gravações com boa qualidade e grava DVDs

Videocassete digital tem alta capacidade

BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os fabricantes de aparelhos eletrônicos têm adotado tecnologias da informática para melhorar seus produtos. Um exemplo é o gravador digital Panasonic DMR-E100H, que está sendo lançado no país e foi testado com exclusividade pela Folha. Ele tem as mesmas funções de um videocassete, mas grava os programas digitalmente, num disco rígido.
Nos EUA, os aparelhos desse tipo, chamados de Personal Video Recorders, já são bastante populares.
Embora possua muitos recursos -sua tela de ajustes tem 35 itens-, o gravador Panasonic é fácil de usar. Infelizmente, ele não tem um guia eletrônico de programação (EPG), que simplifica a gravação de programas da TV e é um dos principais recursos dos gravadores vendidos no exterior. Por enquanto, o único aparelho com guia eletrônico disponível no Brasil é o Sky+, que só pode ser usado por assinantes da TV por satélite Sky (www.sky.com.br).
O disco rígido do DMR-E100H tem 120 Gbytes, espaço suficiente para guardar até 160 horas de vídeo. Essa capacidade é obtida com o modo de gravação EP, que é ruim -a movimentação da imagem fica truncada. No modo XP, que oferece qualidade de imagem perfeita, a capacidade cai para 26 horas. Os modos SP e LP, que são aceitáveis (o LP borra as cores), estendem a capacidade do disco rígido para 52 e 104 horas, respectivamente.
O espaço proporciona mais conforto nas gravações -você não precisa ficar trocando fitas de vídeo-, mas o disco rígido traz outras melhorias. O recurso Chasing Playback, por exemplo, permite pausar a exibição de um programa transmitido ao vivo, e o Time Slip dá acesso a um replay instantâneo controlado pelo usuário.
Além do disco rígido, o aparelho da Panasonic também tem um gravador de DVD. Ele aceita discos DVD-RAM, que podem ser regravados milhares de vezes, mas funcionam em poucos aparelhos, e DVD-R -cada disco só pode ser gravado uma vez, mas pode ser exibido em praticamente qualquer toca-DVD. A capacidade de ambos os tipos de disco é baixa: uma hora de vídeo no modo XP, duas horas no modo SP ou quatro horas no modo LP.
O usuário pode copiar gravações do disco rígido para o DVD -o aparelho ajusta automaticamente o modo de gravação para que o programa caiba por inteiro, evitando cortes-, mas não é possível fazer o inverso (copiar DVDs para o disco rígido).
O DMR-E100H tem uma boa coleção de conectores, que inclui até um plugue FireWire (para ligar uma filmadora digital sem perder qualidade), mas o destaque são as entradas para cartões de memória -isso permite copiar programas e vê-los num tocador de vídeo portátil.
Você também pode inserir o cartão de memória (tipo SecureDigital; os tipos CompactFlash e MMC requerem um adaptador) da sua câmera digital e ver as fotos na tela da TV. Além disso, o aparelho toca CDs com arquivos de música gravados no formato MP3 e reproduz discos dos tipos VCD, SVCD, DVD e DVD-Audio.
Um problema sério é que o gravador está no sistema de cor NTSC, ou seja, a tela fica em preto-e-branco com os canais brasileiros de TV. Contornar esse problema é fácil -um técnico em eletrônica pode fazer a transcodificação, que custa R$ 200-, mas a alteração acarreta a perda da garantia. Considerando o preço do DMR-E100H (R$ 7.000; www.qjpanasonic.com.br), o fabricante deveria providenciar a conversão.


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