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ENTRETENIMENTO
Com disco rígido embutido, Panasonic guarda até 104 horas de gravações com boa qualidade e grava DVDs
Videocassete digital tem alta capacidade
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fabricantes de aparelhos eletrônicos têm adotado tecnologias
da informática para melhorar
seus produtos. Um exemplo é o
gravador digital Panasonic DMR-E100H, que está sendo lançado no
país e foi testado com exclusividade pela Folha. Ele tem as mesmas
funções de um videocassete, mas
grava os programas digitalmente,
num disco rígido.
Nos EUA, os aparelhos desse tipo, chamados de Personal Video
Recorders, já são bastante populares.
Embora possua muitos recursos -sua tela de ajustes tem 35
itens-, o gravador Panasonic é
fácil de usar. Infelizmente, ele não
tem um guia eletrônico de programação (EPG), que simplifica a
gravação de programas da TV e é
um dos principais recursos dos
gravadores vendidos no exterior.
Por enquanto, o único aparelho
com guia eletrônico disponível no
Brasil é o Sky+, que só pode ser
usado por assinantes da TV por
satélite Sky (www.sky.com.br).
O disco rígido do DMR-E100H
tem 120 Gbytes, espaço suficiente
para guardar até 160 horas de vídeo. Essa capacidade é obtida
com o modo de gravação EP, que
é ruim -a movimentação da
imagem fica truncada. No modo
XP, que oferece qualidade de imagem perfeita, a capacidade cai para 26 horas. Os modos SP e LP,
que são aceitáveis (o LP borra as
cores), estendem a capacidade do
disco rígido para 52 e 104 horas,
respectivamente.
O espaço proporciona mais
conforto nas gravações -você
não precisa ficar trocando fitas de
vídeo-, mas o disco rígido traz
outras melhorias. O recurso Chasing Playback, por exemplo, permite pausar a exibição de um programa transmitido ao vivo, e o Time Slip dá acesso a um replay instantâneo controlado pelo usuário.
Além do disco rígido, o aparelho da Panasonic também tem
um gravador de DVD. Ele aceita
discos DVD-RAM, que podem
ser regravados milhares de vezes,
mas funcionam em poucos aparelhos, e DVD-R -cada disco só
pode ser gravado uma vez, mas
pode ser exibido em praticamente
qualquer toca-DVD. A capacidade de ambos os tipos de disco é
baixa: uma hora de vídeo no modo XP, duas horas no modo SP ou
quatro horas no modo LP.
O usuário pode copiar gravações do disco rígido para o DVD
-o aparelho ajusta automaticamente o modo de gravação para
que o programa caiba por inteiro,
evitando cortes-, mas não é possível fazer o inverso (copiar DVDs
para o disco rígido).
O DMR-E100H tem uma boa
coleção de conectores, que inclui
até um plugue FireWire (para ligar uma filmadora digital sem
perder qualidade), mas o destaque são as entradas para cartões
de memória -isso permite copiar programas e vê-los num tocador de vídeo portátil.
Você também pode inserir o
cartão de memória (tipo SecureDigital; os tipos CompactFlash e
MMC requerem um adaptador)
da sua câmera digital e ver as fotos
na tela da TV. Além disso, o aparelho toca CDs com arquivos de
música gravados no formato MP3
e reproduz discos dos tipos VCD,
SVCD, DVD e DVD-Audio.
Um problema sério é que o gravador está no sistema de cor
NTSC, ou seja, a tela fica em preto-e-branco com os canais brasileiros de TV. Contornar esse problema é fácil -um técnico em
eletrônica pode fazer a transcodificação, que custa R$ 200-, mas a
alteração acarreta a perda da garantia. Considerando o preço do
DMR-E100H (R$ 7.000; www.qjpanasonic.com.br), o fabricante
deveria providenciar a conversão.
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