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Novo sistema gerencia dados
DO "THE NEW YORK TIMES"
Alguns cientistas da computação se indagam se o sistema pode
funcionar. "Isso não teria sido
possível sem a internet moderna.
Mesmo hoje, é um empreendimento de proporções assustadoras", disse a professora Dorothy
Denning, da Escola de Pós-Graduação Naval, na Califórnia. Para
ela, parte do desafio consiste em
saber o que procurar. ""Será que
realmente sabemos o suficiente
sobre os sinais precursores da atividade terrorista? Acho que ainda
não chegamos lá."
A primeira versão do sistema
Tia utiliza um programa comercial de colaboração de software
chamado Groove. O programa foi
desenvolvido em 2000 pelo conhecido criador de softwares Ray
Ozzie, inventor do Lotus Notes.
Ele faz com que analistas de vários órgãos governamentais possam compartilhar dados instantaneamente, interligando programas criados para buscar padrões
de comportamento suspeito.
O Tia também faz uso da linguagem de programação Extended
Markup Language (XML), que foi
criada por empresas como Microsoft, Sun Microsystems e IBM e já
é empregada na internet.
A linguagem ""markup" permite
que dados que durante muito
tempo estiveram trancados em
bancos de dados isolados, conhecidos como "silos", sejam traduzidos para uma espécie de linguagem universal, acessível por muitos sistemas diferentes.
Foi a XML, uma versão refinada
da linguagem original da internet
(HTML), que tornou possível a
hipótese de unir milhares de bancos de dados sem que as informações sejam centralizadas.
Privacidade
Os defensores das liberdades civis questionam se o governo tem
base legal ou constitucional para
realizar buscas eletrônicas. E outros críticos já qualificaram o esquema como exageradamente futurista e, em última análise, inviável por motivos técnicos.
Os tecnólogos discordam desse
último ponto. ""O sistema é muito
bem fundamentado", disse Ramano Rao, executivo tecnológico
chefe da Inxight, uma empresa da
Califórnia que desenvolve softwares de busca.
Pessoas próximas ao programa
de pesquisas do Pentágono disseram que Poindexter tem plena
consciência do poder e do caráter
invasivo de seu sistema experimental de vigilância. Em conversas particulares recentes, de acordo com várias fontes ligadas ao
Departamento de Defesa, ele citou a possibilidade de que o controle do sistema Tia seja entregue
a uma organização não-governamental independente, como a
Cruz Vermelha, devido ao potencial que ele tem sofrer abusos.
Poindexter se negou a ser entrevistado para este artigo. A Darpa
nega a possibilidade de que uma
ONG venha a receber o controle
do programa Tia.
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