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São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

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ENDEREÇOS ON-LINE

Sundance na internet tem críticas a Bush

Reprodução
Página da versão on-line do festival Sundance, com quatro galerias de filmes feitos para a rede


HELOISA HELENA LUPINACCI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A terceira edição on-line do Sundance, festival internacional de cinema independente, anunciará seu vencedor amanhã. Mas, mesmo em cima da hora, ainda é possível influenciar a escolha do melhor. Ao ver um filme, o espectador atribui uma nota a ele.
As notas atribuídas pelos internautas decidirão qual filme será premiado. Os 31 filmes podem ser vistos em www.sundanceonlinefilmfestival.org.
A versão on-line do festival mostrou como a produção de vídeos para internet vem ganhando importância. A galeria da competição demonstra que os filmes feitos para computador estão criando um gênero com linguagem específica, que, em vez de tentar se aproximar do cinema tradicional, se distancia dele cada vez mais, aproveitando os recursos que a exibição em micros oferece.
"O estado da arte e da mídia na internet está amadurecendo muito rapidamente, todos os projetos selecionados são extremamente diferente de filmes tradicionais", diz John Cooper, diretor de programação do festival no site do Instituto Sundance.
Os temas dos filmes vão de uma reedição da cobertura televisiva dos atentados de 11 de setembro a questões sobre a teoria do caos discutidas entre uma abelha que trombou com o vidro de um carro e uma borboleta. Esse roteiro, da animação Bumble Beeing (billi bob.com/animationf), pode parecer muito estranho, mas não é.
Na teoria do caos, um bater de asas de borboleta alteraria a ordem do universo. Então, imagine quando uma abelha se espatifa contra o vidro de um carro.
Já o curta S-11 Redux (gnn.tv/ redux) deve ser visto por quem, em algum momento, questionou a reação norte-americana aos atentados de 11 de setembro. Os criadores do filme são criadores também na GNN (Guerrila News Network), "uma rede de notícias alternativa com quartel-general em Nova York e um escritório em Berkeley". "Nossa missão é expor assuntos relevantes no mundo através de uma programação na rede e na televisão", diz Stephen Marshall, diretor do filme S-11, no site da organização.
O filmete é uma sequência com trechos da cobertura que os canais de TV norte-americanos deram ao atentado. Inclua uma boa dose de crítica, uma trilha sonora excepcional (que passa por Dave Brubeck e chega a um banjo texano), excertos de "Star Trek", cenas alusivas ao rato Mickey Mouse e imagens de outras guerras. Dessa mistura fina sai o curta.
Serão premiados no festival os mais votados em três apurações: melhor filme on-line, melhor animação e melhor curta. Além dessas categorias, há uma dedicada a novas formas e outra, a galeria, com filmes fora da competição.
Os internautas poderão ver os filmes até 5 de fevereiro. Para assisti-los, é preciso ter os tocadores Windows Media Player ou Flash.


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