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Nos EUA, drive substitui material escolar
DA ASSOCIATED PRESS
Neste ano, os alunos da Escola
Preparatória de Eastside, em
Washington, estão levando seu
material escolar de uma maneira
nova: usando diminutos drives de
memória flash que se conectam à
porta USB dos computadores.
Suficientemente pequenas para
serem penduradas no pescoço,
essas "mochilas digitais" podem
guardar dicionários, livros virtuais, calculadoras e praticamente
qualquer tipo de conteúdo digitalizado.
Graças a uma queda contínua
nos preços (modelos com 1 Gbyte
custam menos de US$ 100), os
drives estão sendo usados não só
para guardar dados como também para rodar softwares completos e guardar senhas encriptadas -tudo feito muito rapidamente, com a ajuda dos velozes
processadores de hoje.
Essa pequena revolução começou há alguns anos, quando Jay
Elliot procurava uma maneira de
ajudar médicos na transferência
de dados sobre pacientes de forma segura. Ele concluiu que as
memórias USB eram a solução.
Com o preço dos dispositivos
continuando a cair, ele imaginou
que haveria espaço para trabalhar
não apenas com dados. Foi então
que inventou o programa Migo,
que permite aos drives USB terem
as mesmas funções elementares
de um PC.
Conecte um drive com Migo em
um computador, informe a sua
senha pessoal e o programa mostrará ferramentas para receber e
enviar seus e-mails e editar documentos e ainda reproduzirá ícones e papel de parede do seu PC.
Quando você remover a unidade de memória, todos os rastros
do uso do "seu computador" serão removidos. Da próxima vez
em que você colocar a unidade
em outro computador, todos os
dados serão sincronizados e será
como se você tivesse usado o mesmo micro.
Além disso, várias pessoas podem compartilhar um drive USB
usando senhas diferentes para
criar diferentes perfis para cada
uma. Durante suas férias, Elliot,
sua mulher e seus dois filhos levaram seus desktops personalizados para o computador do hotel:
todos em um chaveiro USB menor do que um isqueiro.
"As pessoas estão comprando
aparelhos muito caros, mas elas
só usam 4% ou 5% de sua capacidade. É um desperdício", diz
Elliot, que atualmente é o chefe da
PowerHouse Technologies, empresa que desenvolve o Migo.
"Em vez de fazer isso", sugere ele,
"as pessoas deveriam levar seus
dados para qualquer lugar a que
fossem. Então só precisariam
achar um micro para usá-los".
Outra razão para essa flexibilidade é que agora as fabricantes
conseguiram desenvolver códigos
que tornam possível a execução
de programas nos diminutos drives de memória flash.
Duas fabricantes de hardware, a
SanDisk e a M-Systems, formaram uma nova empresa chamada
U3 para licenciar esse tipo de tecnologia. Vários dispositivos compatíveis com o padrão U3 chegarão ao mercado, com ferramentas
que vão de programas de gerenciamento de fotos digitais a navegadores e softs para troca de mensagens instantâneas.
Até o Skype já tem uma versão
compatível com o padrão U3. Isso
significa que qualquer computador com uma porta USB e conexão à internet pode ser usado para
realizar ligações pela rede (VoIP).
"Na próxima vez em que você
instalar um programa e vir que ele
está limitado a funcionar apenas
em seu PC, sua primeira reação
será dizer: "Cara, gostaria de colocar isso no meu U3 e levá-lo para
todo lugar'", prevê a executiva da
U3, Kate Purmal.
A SanDisk, por exemplo, aprimorou os processadores que ficam dentro dos chaveiros USB
para que eles reconheçam os mecanismos de proteção dos direitos
autorais dos arquivos.
Com um drive chamado Cruzer
Freedom, a empresa permite que
estudantes façam download de
materiais educacionais assim que
o aparelho é conectado ao computador. É essa função que está
sendo usada na escola de Eastside.
Tradução de Juliano Barreto
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