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Spyware gera dilema publicitário
DO "NEW YORK TIMES"
A rápida proliferação de spywares e adwares -programas que
monitoram a navegação do internauta para descobrir suas preferências ou que fazem surgir janelas com propagandas (pop-ups)
na tela do monitor- abalou a
credibilidade da internet, já que
muitos consumidores agora vêem
a rede como um campo de batalha repleto de minas.
Nos EUA, os maiores anunciantes e grandes sites se encontram
em uma encruzilhada: estão tentados a utilizar as habilidades singulares dos adwares em mostrar
pop-ups específicos para cada
usuário, sempre com base em interesses particulares em serviços e
produtos, de acordo com o tipo
de site visitado por cada um.
"Adwares têm essa vantagem,
mas, para conseguir uma fatia do
mercado, eu creio que diversas
companhias estão tomando atitudes que fazem os consumidores se
sentirem traídos", afirma Wayne
Porter, co-fundador do Spyware-Guide.com (www.spywareguide.com), um site que rastreia
abusos com adwares e spywares.
"Vivemos um momento que decidirá como serão as operações da
internet", diz Porter.
Definição incerta
A definição exata de o que é ou
não spyware, assim como muitas
coisas no mundo cheio de mudanças da internet, permanece
em debate. Geralmente, recebem
a classificação programas que ficam escondidos no disco rígido e
armazenam informações confidenciais, como senhas e histórico
de navegação. Alguns dos mais
traiçoeiros são instalados num
micro por terceiros -há casos
em que o responsável é um cônjuge ciumento.
Adwares são definidos como
programas que direcionam pop-ups não autorizados, com base
em assuntos relativos ao tipo de
site visitado pelo usuário.
Insegurança
O americano Karsten Self supervisiona um laboratório de
computação infantil num centro
de juventude de Napa, na Califórnia. Ele gasta cerca de 30 minutos
todas as manhãs escaneando dez
computadores à procura de arquivos capazes de monitorar silenciosamente atividades on-line
das crianças com os micros ou
que façam surgir, sem aviso, janelas pop-up.
Ele consegue eliminar muitos
-mas não todos- intrusos digitais do centro da juventude: "Você pode achar que usa um sistema
de modo seguro, mas a verdade é
que não usa, a menos que tenha
uma boa carga de conhecimento,
tempo para apurar o problema e
que seja paranóico", diz Self.
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