São Paulo, quarta-feira, 30 de março de 2005

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Na ciência, criaturas ajudam criadores

Christopher Rolinson - 10.set.2004/Associated Press

Engenheiro observa robô-inseto capaz de andar sobre a água


DA REDAÇÃO

A ciência viabilizou a construção de robôs. Agora, os robôs e tornaram ajudantes fundamentais em pesquisas científicas.
Em fevereiro, a sonda espacial Mars Express, enviada a Marte pela Agência Espacial Européia (www.esa.int), percorreu o solo do planeta, algo que os humanos ainda não puderam fazer. Na pesquisa de campo, detectou a existência de um oceano congelado. Segundo John Murray, pesquisador da Open University, do Reino Unido, o oceano tem dimensões de 800x900 km.
Há pouco mais de 20 dias, outro britânico, mas da Imperial College of London, Alex Zivanovic, revelou um pequeno robô que ajudará no diagnóstico de câncer, aumentando o grau de precisão de biópsias de tumores na próstata. "Espero que ele ajude a retirar amostras de sangue com menos dor e sem traumas para o paciente", disse Zivanovic em entrevista à rede britânica BBC.
Atualmente, a técnica usada para fazer o exame é o ultra-som.
Rompendo limites físicos, a universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh (EUA), desenvolveu, no fim do ano passado, um robô que pode caminhar sobre a água. Ele tem o tamanho de um inseto e conta com uma câmera e um sensor químico, que pode detectar alguns tipos de contaminação.
Para pesquisar a fauna submarina, o laboratório Oceanográfico Harbor Branch (www.hboi.edu) criou o Eye-in-the-sea (algo como "olho marítimo"), um robô-câmera que imita uma água-viva. Com isso, eles puderam filmar peixes que vivem em grandes profundidades. A câmera é sensível à luz infravermelha. Isso evita que os peixes se assustem. Conseqüentemente, não há interferência no seu modo de vida.
Eye-in-the-sea desceu, recentemente, a uma profundidade de 609 metros no golfo do México. Segundo a coordenadora do projeto, Edith Widder, as fotos de peixes tiradas por ele serão tema de uma exposição científica.


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