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FUNDOS
Nos outros tipos de fundos, uma taxa de administração menor não significa, necessariamente, maior rentabilidade
Taxa alta diminui ganhos apenas dos DI
DA REDAÇÃO
Uma análise de 1.153 fundos de
investimento feita pela Invest
Tracker demonstrou que não há
uma correlação direta entre a taxa
de administração cobrada pelos
bancos e a rentabilidade obtida na
maioria das categorias de fundos.
"Uma taxa baixa não significa, necessariamente, que um fundo irá
ter um bom desempenho", diz
Cassio Bariani, diretor da Invest
Tracker.
O estudo utilizou um "índice de
correlação", um número que varia de -1 a +1 para medir a relação
entre taxa de administração e rentabilidade. "Quanto mais próximo de -1 for o índice, maior a influência da taxa cobrada no retorno do investimento", diz Bariani.
Apenas nos fundos DI o estudo
constatou uma influência maior
da taxa cobrada pelos bancos sobre os ganhos do investidor. O
"índice de correlação" encontrado foi -0,92, o mais alto encontrado. "Nesse tipo de fundo, quanto
maior a taxa, menor a chance de
uma boa rentabilidade", diz Bariani.
Os DI aplicam apenas em títulos
públicos federais e seus gestores
não têm como buscar ganhos
maiores em outros mercados.
Com a queda do juro básico da
economia, esses fundos estão sentindo mais o impacto dos preços
cobrados pela administração da
carteira, embora a taxa média de
administração, de 1,43% ao ano,
seja menor do que a encontrada
em outras categorias de fundos.
Os fundos com taxa média mais
alta, os de ações, com 2,56% ao
ano, foram os que apresentaram o
menor "índice de correlação",
0,01. "Quando o índice encontrado for zero, significa que não foi
possível identificar um movimento comum entre a taxa e a rentabilidade", diz Bariani.
Os fundos cambiais tiveram um
"índice de correlação" de -0,18 e
os chamados fundos não referenciados (aqueles que não seguem
um indicador, como os derivativos, multicarteira e renda fixa) de
-0,53. No caso dos cambiais, a taxa média cobrada pelos administradores é de 1,29% ao ano e dos
não referenciados, de 1,89%.
Segundo Bariani, os resultados
do estudo mostram que "o investidor não deve se basear apenas
na taxa de administração para decidir onde aplicar seu dinheiro".
Mais importante, segundo ele, é
observar a eficiência do gestor em
obter uma boa rentabilidade.
Nas tabelas que a Folha publica
toda segunda-feira, você pode
analisar o histórico de rentabilidade de 500 fundos.
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