São Paulo, segunda-feira, 12 de fevereiro de 2001

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MERCADO DE CAPITAIS

BOLSA

Mercado começa a semana à espera de decisão sobre novo corte da taxa de juros, a Selic, pelo Copom, na quarta-feira

Analistas esperam mais dias de oscilações

MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro começa a semana à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), na quarta-feira, quando será definido o rumo da taxa básica da economia (Selic).
A previsão é que nos próximos pregões a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fique "lateral" sem tendência definida, de alta ou de baixa.
Analistas consultados afirmam acreditar que o Banco Central opte por queda de 0,25 ponto percentual ou mesmo por nenhum corte, mas com viés de baixa.
"Se não vier essa sinalização de baixa, espero realização (vendas) um pouco mais forte porque o mercado acredita que venha alguma alteração", afirma o analista da corretora Socopa Michel Campanella.
O diretor de renda fixa e renda variável do BCN Alliance, Carlos Otero, concorda que haverá desapontamento se nada mudar com a reunião do Copom.
Até mesmo o corte de 0,25 ponto percentual "será bom, mas não suficiente, principalmente se não surgirem outras notícias", afirma.
Para o coordenador de pesquisa em renda fixa e variável do Banco Safra, Sérgio Goldman, entretanto, nenhuma daquelas alternativas fará diferença.
"A tendência é de queda da taxa, ocorrendo agora ou não. A semana será volátil, como a que passou".
De 2 a 9 de fevereiro, apesar de todo o sobe-e-desce, a Bovespa registrou alta de 1,3%.
Além da reunião do Copom, outros eventos poderão influenciar os próximos pregões: eleições no Congresso Nacional, antecipação do leilão da banda D, vencimento do índice Bovespa e divulgação do PIB de 2000.
Nos Estados Unidos, Alan Greenspan, presidente do banco central do país, depõe no Congresso. A partir de amanhã, saem novos dados sobre estoques, auxílio-desemprego e inflação.
A sugestão dos especialistas ainda é aguardar a diminuição da turbulência para começar a investir em Bolsa. Campanella recomenda observar o índice futuro.
"Acima de 17.100 pontos, que é o nível de suporte no momento, a tendência é de alta, com reflexo no Ibovespa.
Telefonia fixa e energia elétrica continuam entre os setores mais recomendados por analistas.


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