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MERCADO DE CAPITAIS
BOLSA
Mercado começa a semana à espera de decisão sobre novo corte da taxa de juros, a Selic, pelo Copom, na quarta-feira
Analistas esperam mais dias de oscilações
MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro começa a
semana à espera da decisão do
Copom (Comitê de Política Monetária), na quarta-feira, quando
será definido o rumo da taxa básica da economia (Selic).
A previsão é que nos próximos
pregões a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fique "lateral"
sem tendência definida, de alta ou
de baixa.
Analistas consultados afirmam
acreditar que o Banco Central opte por queda de 0,25 ponto percentual ou mesmo por nenhum
corte, mas com viés de baixa.
"Se não vier essa sinalização de
baixa, espero realização (vendas)
um pouco mais forte porque o
mercado acredita que venha alguma alteração", afirma o analista
da corretora Socopa Michel Campanella.
O diretor de renda fixa e renda
variável do BCN Alliance, Carlos
Otero, concorda que haverá desapontamento se nada mudar com
a reunião do Copom.
Até mesmo o corte de 0,25 ponto percentual "será bom, mas não
suficiente, principalmente se não
surgirem outras notícias", afirma.
Para o coordenador de pesquisa
em renda fixa e variável do Banco
Safra, Sérgio Goldman, entretanto, nenhuma daquelas alternativas fará diferença.
"A tendência é de queda da taxa,
ocorrendo agora ou não. A semana será volátil, como a que passou".
De 2 a 9 de fevereiro, apesar de
todo o sobe-e-desce, a Bovespa
registrou alta de 1,3%.
Além da reunião do Copom,
outros eventos poderão influenciar os próximos pregões: eleições
no Congresso Nacional, antecipação do leilão da banda D, vencimento do índice Bovespa e divulgação do PIB de 2000.
Nos Estados Unidos, Alan
Greenspan, presidente do banco
central do país, depõe no Congresso. A partir de amanhã, saem
novos dados sobre estoques, auxílio-desemprego e inflação.
A sugestão dos especialistas ainda é aguardar a diminuição da
turbulência para começar a investir em Bolsa. Campanella recomenda observar o índice futuro.
"Acima de 17.100 pontos, que é
o nível de suporte no momento, a
tendência é de alta, com reflexo
no Ibovespa.
Telefonia fixa e energia elétrica
continuam entre os setores mais
recomendados por analistas.
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