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FUNDOS DE INVESTIMENTO
Deixe seu dinheiro em aplicações que dão maior mobilidade; cenário está conturbado
Está na hora de buscar mais liquidez
da Reportagem Local
Este é um momento de transição, com sucessivos ajustes na
economia feitos pelo governo. Os
últimos, visando a reativar o crédito ao consumidor, foram vistos
com reservas pelo mercado.
Nesse cenário, qualquer movimento nas suas aplicações deve
ser feito com o cuidado e a perspicácia de um jogador de xadrez. "O
quadro ainda está conturbado",
diz Gabriel Jafet, administrador
de renda variável da Oryx Asset
Management.
Com os índices de inflação sob
pressão (leia texto na pág. 2-5),
risco de desvalorização cambial
na Argentina, passada a eleição e
a posse do novo presidente, e a
Bolsa de Nova York sofrendo
ajustes para baixo e influenciando
as Bolsas locais, os analistas recomendam um acompanhamento
constante dos seus investimentos.
Uma boa dica é ficar em aplicações que lhe permitam mudar de
posição rapidamente. "Quem
aplica em fundos de renda fixa
deve optar pelos que têm liquidez
diária, pois oferecem taxas melhores e maior mobilidade", diz
Luis Stuhlberger, diretor da Hedging-Griffo Asset Management.
Acompanhe de perto os índices
de inflação que medem os preços
de varejo. "Se a inflação represada
for repassada rapidamente para
os preços finais, a taxa básica de
juros não terá mais quedas expressivas", observa Stuhlberger.
Nesse caso, você corre dois tipos
de risco. O primeiro é o de perda
de rentabilidade -já que o juro
real pago nas aplicações encolhe.
O segundo é o risco de perder dinheiro se tiver aplicações em fundos de renda fixa lastreados em títulos com juros prefixados.
Esses fundos rendem bem
quando os juros estão em queda
no mercado, pois sua remuneração foi fixada num patamar superior. "Mas, se houver uma situação de estresse, a taxa básica de juro irá parar de cair e poderá até
subir um pouco, e o investidor
perderá dinheiro", diz Jafet.
"Essa será a hora de migrar para
um fundo que tenha títulos com
taxas de juro pós-fixadas", acrescenta. Mas atenção. "Fazer essa
troca agora pode ser precipitação.
Lembre-se de que você terá de pagar a CPMF," diz Stuhlberger.
Os analistas recomendam que,
nesse cenário, o investidor tome
cuidado com aplicações em fundos cambiais. Quem vê o dólar
bater em R$ 1,97, como ocorreu
na sexta-feira, pode ficar tentado.
Os fundos cambiais, entretanto,
acompanham as altas, mas também as quedas da taxa de câmbio.
E, no momento, ela está muito alta. "O dólar já chegou a R$ 2 e recuou", lembra Jafet. Por isso, ele
recomenda aplicar apenas entre
20% e 30% do patrimônio nesses
fundos.
(SB)
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