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Colegas aplicam economias juntos
DA REPORTAGEM LOCAL
O que não faltou foi disposição
e conhecimento para investir no
mercado de ações. "Queríamos
colocar a teoria em prática", lembra Raphael Cruz, 21, aluno do último ano do curso de economia.
Pelos resultados apresentados
nos últimos meses, eles aprenderam direitinho (veja gráficos acima).
Raphael faz parte de um grupo
formado por sete amigos que resolveu montar um clube de investimento, o Nortia. A idéia, que
surgiu nos corredores da faculdade em maio do ano passado, surtiu efeito, e hoje o clube conta com
80 cotistas.
O grupo de amigos estuda economia e administração do Ibmec
(Instituto Brasileiro do Mercado
de Capitais), no Rio. Quando a faculdade soube do interesse dos
alunos em montar um clube, resolveu dar uma força aos garotos
e emprestou sala, computadores,
sistemas para acompanhamento
on line de Bolsa e telefones.
"Começamos com um patrimônio de R$ 30 mil. Na época, cada
um investiu o que tinha de economia", lembra Raphael.
Atualmente, o clube tem um patrimônio de R$ 340 mil. "A idéia
inicial era que fosse um clube só
nosso, mas aí resolvemos abrir
para alunos, pais e parentes".
Atualmente, o clube é aberto a
qualquer investidor, e a aplicação
mínima é R$ 300.
Rentabilidade
Nos últimos dez meses, o clube
apresentou uma rentabilidade de
8,82%.
O resultado está longe do Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores
de São Paulo), que ficou negativo
em 4,7% no período.
A estratégia do clube, segundo
Raphael, é investir em papéis de
segunda linha. "Essas ações apresentam uma rentabilidade melhor que a média dos papéis de
primeira linha", afirma.
Eles passam o dia monitorando
as ações e decidindo em qual aplicar. A carteira do clube, na última
quinta-feira, estava composta por
62,63% de papéis da Geradora
Tietê PN, 27,01% da Varig PN e
10,36% da Companhia Riograndense Telefônica PNA.
"Nossa estratégia é ficarmos
mais posicionados no curto prazo
porque assim temos mais agilidade na escolha dos ativos", explica.
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