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Comprar apólice é um custo ou um investimento?
ODETE PACHECO
Editora-adjunta do Folhainvest
Ricardo Castrucci Romani é um
economista de carreira, ganha um
bom salário como consultor, goza
de boa saúde e nem chegou aos 40
anos. Seu dinheiro é investido em
fundos, em ações e também em
apólices de seguro.
Seguro, um investimento? Na
opinião de Romani, sim. "A morte e os acidentes são situações às
quais estamos expostos; é preciso
administrar esses riscos, para não
colocar a perder o patrimônio
construído ao longo de toda uma
vida", diz ele, que tem 34 anos.
Sua preocupação pode ser compartilhada por milhares de brasileiros, mas a decisão de investir
nesse produto financeiro não reflete o comportamento da maioria deles. O problema é econômico, mas também cultural.
Quem, afinal, se deixa seduzir, à
primeira vista, pela idéia de gastar
um dinheirão sabendo que só depois de sua morte os frutos de seu
investimento serão colhidos?
Pesou na decisão de Romani de
investir em seguro a preocupação
com o futuro de um sobrinho. Ele
comprou uma apólice, pela qual
paga mensalmente R$ 225, que
garantirá uma retirada anual de
cerca de R$ 10 mil, para cobrir os
custos dos estudos universitários
do garoto, a partir do momento
em que ele completar 18 anos.
Suas economias podem não ser
suficientes para retiradas mensais
equivalentes às de Romani, mas,
se suas preocupações se parecem
com as dele, saiba que a concorrência entre as companhias produziu uma pequena revolução
nesse mercado nos últimos anos.
Por revolução entenda-se ampliação nas coberturas. Os preços
das apólices não ficaram mais
competitivos, mas os planos, hoje, são mais flexíveis e cobrem
mais situações de risco.
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