São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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Comprar apólice é um custo ou um investimento?

ODETE PACHECO
Editora-adjunta do Folhainvest


Ricardo Castrucci Romani é um economista de carreira, ganha um bom salário como consultor, goza de boa saúde e nem chegou aos 40 anos. Seu dinheiro é investido em fundos, em ações e também em apólices de seguro.
Seguro, um investimento? Na opinião de Romani, sim. "A morte e os acidentes são situações às quais estamos expostos; é preciso administrar esses riscos, para não colocar a perder o patrimônio construído ao longo de toda uma vida", diz ele, que tem 34 anos.
Sua preocupação pode ser compartilhada por milhares de brasileiros, mas a decisão de investir nesse produto financeiro não reflete o comportamento da maioria deles. O problema é econômico, mas também cultural.
Quem, afinal, se deixa seduzir, à primeira vista, pela idéia de gastar um dinheirão sabendo que só depois de sua morte os frutos de seu investimento serão colhidos?
Pesou na decisão de Romani de investir em seguro a preocupação com o futuro de um sobrinho. Ele comprou uma apólice, pela qual paga mensalmente R$ 225, que garantirá uma retirada anual de cerca de R$ 10 mil, para cobrir os custos dos estudos universitários do garoto, a partir do momento em que ele completar 18 anos.
Suas economias podem não ser suficientes para retiradas mensais equivalentes às de Romani, mas, se suas preocupações se parecem com as dele, saiba que a concorrência entre as companhias produziu uma pequena revolução nesse mercado nos últimos anos.
Por revolução entenda-se ampliação nas coberturas. Os preços das apólices não ficaram mais competitivos, mas os planos, hoje, são mais flexíveis e cobrem mais situações de risco.


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