São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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Investidor quer mais transparência

da Redação

No último mês de janeiro, Fabrício Caritatos, cotista de um fundo FIF 60 dias do banco Boavista, viu suas economias evaporarem da noite para o dia, por conta da desvalorização cambial promovida pelo governo no dia 13 daquele mês.
Alguns fundos administrados pelo Boavista perderam mais de metade de seu patrimônio naquele período. A perda ocorreu porque os fundos estavam com as carteiras recheadas de aplicações com alta voltagem de risco. Seus gestores apostavam na manutenção da política cambial.
Desde então, manter-se informado é prioridade na agenda de Caritatos. "Agora, quero ler os regulamentos, exijo ver as atas das assembléias do fundo e troco informações com outros cotistas."
O trauma levou ele e outros ex-clientes do Boavista a ter uma postura mais participativa em relação às suas aplicações. "A melhor defesa do cotista é estar bem informado", diz Caritatos, que mantém suas aplicações em fundos de investimento, mas, agora, conhece não apenas o gestor de suas carteiras, mas, principalmente, a política de investimento de cada carteira onde suas economias estão guardadas.
À frente de uma associação que reúne cerca de 300 investidores, entre ex-cotistas do Boavista, do Banco Marka e do FonteCindam, Caritatos briga para que a legislação desse mercado avance em direção à transparência e à cobrança de maior responsabilidade dos administradores. "Apenas um órgão deveria fiscalizar o mercado."



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