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Investidor quer mais transparência
da Redação
No último mês de janeiro, Fabrício Caritatos, cotista de um
fundo FIF 60 dias do banco Boavista, viu suas economias evaporarem da noite para o dia, por
conta da desvalorização cambial
promovida pelo governo no dia
13 daquele mês.
Alguns fundos administrados
pelo Boavista perderam mais de
metade de seu patrimônio naquele período. A perda ocorreu porque os fundos estavam com as
carteiras recheadas de aplicações
com alta voltagem de risco. Seus
gestores apostavam na manutenção da política cambial.
Desde então, manter-se informado é prioridade na agenda de
Caritatos. "Agora, quero ler os regulamentos, exijo ver as atas das
assembléias do fundo e troco informações com outros cotistas."
O trauma levou ele e outros ex-clientes do Boavista a ter uma
postura mais participativa em relação às suas aplicações. "A melhor defesa do cotista é estar bem
informado", diz Caritatos, que
mantém suas aplicações em fundos de investimento, mas, agora,
conhece não apenas o gestor de
suas carteiras, mas, principalmente, a política de investimento
de cada carteira onde suas economias estão guardadas.
À frente de uma associação que
reúne cerca de 300 investidores,
entre ex-cotistas do Boavista, do
Banco Marka e do FonteCindam,
Caritatos briga para que a legislação desse mercado avance em direção à transparência e à cobrança de maior responsabilidade dos
administradores. "Apenas um órgão deveria fiscalizar o mercado."
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