São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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SEU DINHEIRO
Comprar apólices pode ser uma forma de proteger patrimônio e fazer planejamento financeiro
Quando fazer seguro é um investimento

da Redação

Custo ou investimento? Nem uma coisa nem outra, dizem os especialistas. Seguro -de vida, residencial ou de acidentes pessoais- é um produto indicado a quem está preocupado em preservar patrimônio e em fazer planejamento financeiro.
"Acidentes acontecem e, às vezes, obrigam a pessoa a interromper ou a reduzir a atividade profissional; incêndios em residências podem comprometer o investimento que uma pessoa fez ao longo de toda uma vida", diz Maurício Accioly, vice-presidente da Real Seguros.
Sem planejamento, acrescenta Carlos Trindade, presidente da Icatu Hartford, não há como garantir o padrão de vida nem realizar os sonhos da família, como os estudos secundários ou universitários dos filhos, se um dos cônjuges vier a falecer.
São riscos aos quais as pessoas estão expostas. Mas o brasileiro, apesar de todo esforço dos corretores de seguro em convencê-lo do contrário, está mais inclinado a pensar que comprar uma apólice de seguro é jogar dinheiro fora. Basta observar os números da indústria.
Da receita total da indústria seguradora, de R$ 22 bilhões no ano passado, incluindo planos de previdência privada e títulos de capitalização, os planos individuais representaram apenas 20%; empresas que contratam seguro para seus funcionários responderam pelos restantes 80%.
Para João Elísio Ferraz de Campos, presidente da Fenaseg (Federação Nacional de Seguro), o entrave da indústria está na concentração de renda. "O brasileiro não é habituado a comprar seguro porque não tem dinheiro; não se trata apenas de uma questão cultural", diz ele.
Ainda longe de se comparar à indústria dos Estados Unidos, que, com uma receita de US$ 1 trilhão, é a maior do mundo, a brasileira já começa, entretanto, a seguir a linha de diversificação oferecida pelas companhias norte-americanas. "Os produtos disponíveis, hoje, são feitos na medida do bolso e das necessidades do freguês", garante o presidente da Fenaseg.

Você precisa?
Se garantir o futuro de sua família, em caso de você faltar, ou mesmo o seu, em caso de um acidente que o force a reduzir a atividade profissional, faz parte de suas preocupações, então, confira o que a indústria de seguro tem a lhe oferecer.
Comece fazendo as contas (leia texto na página 2-5). Quanto você vai precisar segurar? Depois, pesquise os preços das apólices cujas indenizações, em caso de morte ou de acidente, se ajustam às suas necessidades (veja tabela nesta página).
Cuidado ao comparar preços: eles variam muito de acordo com a cobertura oferecida e a faixa etária do segurado.
A idade máxima para a compra das apólices também é bastante variável.
Não assine o contrato sem ler atentamente suas cláusulas. Às vezes, um parágrafo com texto dúbio o joga numa verdadeira armadilha.


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