São Paulo, Segunda-feira, 26 de Julho de 1999
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Auxílio funeral inclui até coroa de flores no sepultamento

da Reportagem Local

Os chamados seguros de auxílio funeral funcionam da seguinte forma: o segurado tem todas as despesas fúnebres pagas quando de sua morte ou da morte de quem ele estabeleceu como dependente -velório, enterro, transporte do corpo, prestação de serviços legais e até coroas de flores e livro de presença.
"A idéia é livrar a família de mais um problema em uma situação tão difícil e delicada como a morte de alguém próximo", diz Marcos Ferreira, diretor comercial da Vera Cruz. O argumento não se resume apenas à tranqüilidade oferecida pela providência de todos os detalhes. Ela também envolve dinheiro.
"Quando um ente morre, a família fica perdida e passa a querer prestar, a todo custo, uma última homenagem a ele, mas pode acabar gastando dinheiro a mais e que pode vir a fazer falta", completa Ferreira.
A procura por esse tipo de seguro está crescendo. Uma das maiores seguradoras nesse ramo, a Vera Cruz começou a comercializar esses produtos em 96. No final de 98, já eram 400 mil titulares (com 930 mil segurados). Até junho deste ano, o número passava dos 600 mil. "Nesse ritmo, esperamos dobrar nossa carteira até o final do ano", diz Marcos Ferreira, diretor comercial da Vera Cruz.
"Na grande maioria dos casos, a cobertura é dada por empresas que oferecem o seguro como mais um benefício a seus funcionários", diz Lauro Yamauchi, gerente de marketing da Soma, que conta com 60 mil segurados.
Como em um seguro de vida, o preço do produto varia de acordo com o benefício que a pessoa contrata. O custo mensal do seguro pode variar entre R$ 3 e R$ 95, dependendo da idade do segurado e do orçamento que a família quer para o enterro.
Na Soma, por exemplo, por R$ 144 anuais (R$ 12 por mês), o segurado tem as despesas fúnebres cobertas até R$ 3.000.
O serviço inclui transporte do corpo do local onde ocorreu o óbito para a cidade indicada pela família, caixão, três coroas de flores, preparação do corpo, vestimenta, locação em salas públicas de velório.
Observe, por exemplo, que o seguro, nesse caso, não inclui o jazigo nem cobre traslados para casos de pessoas que morrerem no exterior.
Há opções mais flexíveis. Alguns planos da Vera Cruz, por exemplo, já incluem o custo do jazigo. "Os familiares podem, ainda, optar por pagar uma urna mais simples e utilizar a diferença para pagar traslado do corpo ou pagar o jazigo", diz Ferreira.
Se o custo for inferior ao valor da cobertura, há a possibilidade de a família ficar com a diferença. "O dinheiro do orçamento não precisa necessariamente ser gasto com despesas fúnebres", afirma.
Na maioria dos planos individuais, o titular faz o seguro em seu próprio nome. Mas ele pode incluir seus familiares (cônjuge e filhos de até 21 anos) ou fazer o seguro em nome dos pais e até sogros. O mercado, no entanto, limita, em geral, a aceitação de segurados com até 65 anos de idade. (RF)




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