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MERCADO IMOBILIÁRIO
Região não terá novas ofertas
Avenida Faria Lima desbanca Paulista
RODRIGO FRANÇA
da Reportagem Local
Se você tem um imóvel na avenida Faria Lima, um relatório recém-concluído pela Jones Lang
LaSalle, empresa especializada
em consultoria imobiliária, pode
lhe interessar. Segundo a instituição, nenhum projeto novo será
entregue nessa região em 2000 e
2001. Ou seja, a oferta de escritórios no local não aumentará nos
próximos dois anos.
Por isso, o investidor poderá valorizar seu patrimônio, já que, se a
oferta é menor, o preço tende a
subir. A falta de novos projetos se
explica pela dificuldade em conseguir um terreno na avenida. "Os
prédios nessa região só podem ser
construídos na própria avenida
Faria Lima, pois ela está cercada
nos dois lados por bairros residenciais", diz Alberto Horn, diretor da Jones Lang LaSalle
Assim, não é possível lançar
projetos a um ou dois quarteirões
da avenida, como acontece em
outras regiões da cidade -na
Paulista, por exemplo, que terá
18.789 m2 extras em 2000 e 30.190
m2 em 2001 (veja tabela).
Com isso, a avenida Faria Lima
consolidará seu título de metro
quadrado mais caro de São Paulo
(e, logo, da América Latina) por
pelo menos mais dois anos, segundo Horn.
O preço máximo de venda na
avenida Faria Lima é R$ 7.000 por
metro quadrado útil, contra R$
5.200 da avenida Paulista, a antiga
"campeã". "Esse quadro já está
acontecendo há seis meses", diz
Horn. "Mas, como a Faria Lima
não terá mais ofertas, os preços
tendem a aumentar muito mais
nessa região da cidade do que em
qualquer outra."
Preços maiores significam boas
perspectivas de realização de lucro por parte do investidor. "Esse
pode ser um bom momento de
venda, caso o investidor consiga
obter preços maiores do que os do
momento da compra."
Para quem pretende ainda alugar o imóvel, a vantagem pode ser
abocanhar maiores rentabilidades -giram em torno de 1% sobre o valor do imóvel, segundo
analistas- por conta da escassez
de ofertas.
Já os investidores que pretendem "pegar carona" na valorização da Faria Lima devem ter muito cuidado. "Há muitos imóveis
na região totalmente degradados
e, que, portanto, não seguem essa
tendência", diz Horn. Assim, o investidor teria de optar por prédios
com infra-estrutura moderna, conectados com fibra ótica e localizados entre o shopping Iguatemi
e a avenida Juscelino Kubitschek.
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